A United Airlines disse que vai demitir cerca de 600 empregados que se recusam a acatar sua exigência de vacinação, colocando a companhia na vanguarda da batalha sobre vacinação compulsória, enquanto a economia segue em uma recuperação acidentada da pandemia.
A empresa aérea também disse que 99% de sua força de trabalho nos Estados Unidos, de 67 mil pessoas, foram vacinados, um sinal de que a exigência pode ser eficaz para as empresas instigarem seus funcionários a se imunizar.
Outras grandes companhias anunciaram a exigência de vacinação enquanto o governo americano as pressiona cada vez mais para ajudar o país a aumentar sua taxa de inoculação. Neste mês, o presidente Joe Biden ordenou que todas as empresas com mais de cem empregados exijam que seus funcionários se vacinem ou passem por testes semanais, ajudando a promover novas políticas corporativas de vacinação.
Algumas companhias ainda tentam animar os empregados com uma combinação de incentivos e penalidades, mas muitas outras tornaram a vacinação uma condição para trabalhar. Na quarta-feira (29), a AT&T disse que está expandindo sua exigência de vacinação a dezenas de milhares de empregados sindicalizados.
Em agosto, a United Airlines se tornou a primeira empresa aérea americana e uma das primeiras grandes corporações a exigir a vacina contra Covid-19.
"Foi uma decisão incrivelmente difícil, mas manter nossa equipe segura sempre foi nossa maior prioridade", disseram Scott Kirby, executivo-chefe da United, e Brett Hart, seu presidente, em um memorando enviado aos funcionários na última terça-feira (28).
Na quarta, uma porta-voz confirmou que a companhia já iniciou o processo de demissão de 593 empregados nos EUA que se recusaram a ser vacinados.
"Vamos discutir com o pessoal se durante o processo eles decidirem se vacinar", disse a porta-voz.
A United Airlines não deu um prazo para o processo de demissão ou uma relação das categorias de empregados demitidos.
A United disse que os trabalhadores não vacinados podem pedir uma isenção com base em motivos religiosos ou médicos. Ela pretendia colocar os trabalhadores isentos em licença, em muitos casos não remunerada, a partir de sábado. Mas a companhia adiou a decisão para 15 de outubro, dependendo de um processo legal movido por seis empregados, disse na segunda-feira (27) a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais.
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