Quem tem viagem marcada para o exterior e não consegue mais adiá-la pode ter que cortar gastos e rever alguns planos para que o passeio caiba no orçamento inicialmente previsto, dizem especialistas.
Nas últimas três semanas, o dólar comercial subiu 5,1%. Nesta quinta-feira (7), a moeda era negociada a R$ 3,95. Na quarta-feira (6) à tarde, nas casas de câmbio, o dólar comercial chegava a R$4,06. O valor voltou a cair para R$ 3,91 na sexta-feira (8)
Uma viagem estimada em US$ 4.000 teria saltado de R$ 14.320, em abril, para R$ 16.240, nesta semana.
Em meados de fevereiro, a viagem sairia por R$ 13.280.
As flutuações devem continuar, no mínimo até as eleições em outubro, e especialistas afirmam que o dólar comercial pode até passar os R$ 4. Aos viajantes, planejamento é a melhor conselho.
Para quem já está com as passagens compradas, seguem algumas dicas para não ficar no vermelho:
- Substitua Uber e táxis por ônibus e metrô;
- Em vez de fazer refeições na rua, o turista pode comprar comida no supermercado para cozinhar em casa;
- Se estiver em hotel, compre água, refrigerante e biscoitos em supermercados, o preço será mais em conta que os disponíveis no frigobar;
- É possível diminuir o número de passeios, ou buscar pelas opções de ingressos mais baratas. Além de priorizar os programas gratuitos;
- Tome cuidado com o cartão de crédito! O dólar não deve baixar tão cedo e a conta do cartão pode vir ainda mais alta;
- Corte o que conseguir, mas sem provocar grandes frustrações. Afinal, a viagem deve ser planejada, mas também prazeirosa;
- Se puder, pague contas fixas com antecedência (como luz, condomínio e telefone), assim é a preocupação na volta será menor;
- Cuidado com o consumo desenfreado, nem tudo a venda nos Estados Unidos é muito mais barato do que aqui (veja exemplos na galeria abaixo)
PLANEJAMENTO
(para quem ainda está pensando em viajar)
- Compre moeda estrangeira aos poucos para evitar pagar caro; não tente acertar a cotação, sob risco de ser surpreendido com uma forte valorização;
- Comprar antes permite conseguir preços mais baixos em passagens e hospedagens, além de abrir espaço para o planejamento de gastos com refeições e passeios e permitir que se guarde aos poucos os recursos necessários para a esperada viagem
Fonte: José Faria Júnior, da associação Planejar e Joelson Sampaio, professor de economia da FGV (Fundação Getulio Vargas)
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