'Vamos encarar a reforma da Previd�ncia', afirma Dilma
Em sua primeira entrevista em 2016, a presidente Dilma Rousseff defendeu a reforma da Previd�ncia, justificando a sua necessidade ao dizer que "n�o � poss�vel que a idade m�dia de aposentadoria das pessoas no pa�s seja de 55 anos".
A presidente defendeu a ado��o de mecanismos para elevar a idade de aposentadoria, medida criticada por PT movimentos sociais. "Vamos encarar a reforma da Previd�ncia", afirmou, fazendo a ressalva de que n�o ir� mexer com direitos adquiridos e que � preciso criar um per�odo de "transi��o".
Segundo a presidente, a altera��o pode ser feita pela fixa��o de uma idade m�nima ou de um instrumento que misture idade com tempo de contribui��o, como ocorreu com a f�rmula 85/95 m�vel —que � a soma da idade com tempo de contribui��o para mulheres e homens.
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"Pode ser este caminho [fixar uma idade m�nima], tem outro que � a f�rmula 85/95 m�vel aprovada no Congresso", afirmou a presidente ao ser questionada como seria elevada a idade para aposentadoria no pa�s. Ela destacou que o governo vai negociar a reforma com trabalhadores, empres�rios e Congresso.
Sobre o cen�rio econ�mico do pa�s para este ano, depois da forte recess�o no ano passado, que pode bater em uma retra��o de quase 4%, Dilma Rousseff falou que "vamos lutar com unhas e dentes" para que 2016 seja melhor do que 2015.
Rousseff tamb�m fez quest�o de insistir que o ajuste fiscal � sua prioridade na economia, que ir� buscar cumprir o superavit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) e que isso vai contribuir para que a infla��o fique na "banda de cima" da meta, de 6,5%, neste ano.
A presidente tra�ou tr�s a��es para atingir este objetivo.
O primeiro � o reequil�brio fiscal. O segundo, aprovar as medidas tribut�rias no Congresso, entre elas a recria��o da CPMF. O terceiro, estimular investimentos em infraestrutura, citando leil�es de aeroportos, portos, ferrovias e hidrel�tricas.
Questionada sobre as medidas que o governo est� elaborando para tentar reverter a desacelera��o da economia, Dilma disse que qualquer a��o que for tomada n�o poder� implicar em gasto fiscal.
"Temos como quest�o principal o ajuste fiscal. Vamos garantir o superavit de 0,5% do PIB. Com isto, vamos criar as condi��es para que a infla��o se equilibre", afirmou a presidente durante caf� da manh� com jornalistas no Pal�cio do Planalto.
INFLA��O
Em seguida, questionada se o governo n�o havia perdido a batalha da infla��o, que ficou acima de 10% no ano passado, a presidente afirmou que o governo quer fechar o ano com a infla��o no teto da banda, de 6,5%.
"Nosso objetivo � que ela [a infla��o] volte o mais rapidamente para o centro da meta. O Banco Central est� falando que n�s olharemos isso num horizonte de at� 2017, a respeito dos 4,5%. Eu estou dizendo que n�s queremos nos aproximar da banda de cima da meta o mais r�pido poss�vel este ano", afirmou.
Para isto, disse ela, ser� importante melhorar o "horizonte" da economia brasileira para estabiliz�-la e, depois, retomar seu crescimento. Neste ano, analistas de mercado estimam que o pa�s ter� nova recess�o, entre 2% e 2,5%.
Sobre as press�es do PT, em defesa de uma guinada na pol�tica econ�mica e por uma redu��o dos juros, a presidente afirmou que at� agora n�o chegou at� ela qualquer demanda de seu partido.
"� bom que o PT tenha suas posi��es, mas o governo n�o responde s� ao PT, PMDB, mas tamb�m a todos partidos da base aliada e � sociedade tamb�m", disse.
Em seguida, falou especificamente sobre as press�es para que o BC n�o suba os juros na sua pr�xima reuni�o, nos dias 19 e 20 de janeiro. "Eu h� muito tempo n�o me manifesto sobre juros, o que inclui n�o analisar, n�o avaliar nem tecer qualquer considera��o sobre isto", afirmou.
Acrescentando que esta � "uma �rea delicada" e "n�o � adequado que outras pessoas do governo" fa�am avalia��es, Dilma disse ainda que assessores de sua equipe "n�o t�m minha autoriza��o para isto".
Sobre erros de sua administra��o, ela disse que, talvez, "o maior erro do governo" foi, em sua opini�o, n�o ter percebido o "tamanho da desacelera��o" da economia que estava ocorrendo no final de 2014, provocando queda das receitas federais.
O caf� da manh� durou cerca de um hora e meia. Ela encerrou a conversa mais cedo, justificando que tinha de viajar para Porto Alegre para visitar seu novo neto, Guilherme, que nasceu nesta quinta-feira (7).
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APOSENTADORIA
10 PERGUNTAS E RESPOSTAS
1- Ainda existe tempo m�nimo de contribui��o?
Sim. Para se aposentar por tempo de contribui��o, s�o necess�rios 30 anos de contribui��o para mulheres e 35 para homens. Por idade, o tempo m�nimo � de 15 anos
2- Como receber benef�cio integral?
Pela nova f�rmula, at� o final de 2018 a soma da idade com os anos de contribui��o deve ser 85 (mulheres) e 95 (homens)
3- E se j� contribu� por 30 anos, mas minha idade n�o � suficiente?
Se n�o quiser esperar, pode escolher o fator previdenci�rio
4- O que � fator previdenci�rio?
Um �ndice, recalculado todo ano, que reduz o valor do benef�cio para quem se aposenta mais cedo. Pela tabela atual, por exemplo, um homem de 59 anos e 35 anos de contribui��o teria o benef�cio multiplicado por 0,815. Se esperar mais um ano, ter� o benef�cio integral
5- H� casos em que o fator previdenci�rio � melhor que a nova f�rmula?
Sim. Por exemplo, pela tabela de 2015, podem ganhar benef�cio maior que o integral um trabalhador de 60 anos que contribuiu por 41 anos, ou um de 65 que contribuiu por 34
6- Se o fator previdenci�rio for vantajoso, posso optar por ele?
Sim. Vale sempre a f�rmula mais vantajosa ao trabalhador
7- Qual o benef�cio integral?
� a m�dia dos 80% maiores sal�rios de contribui��o desde julho de 94, corrigidos pelo INPC, limitada ao teto do INSS, de R$ 4.663,75
8- Como se aposentar por idade?
Se tiver no m�nimo 15 anos de contribui��o, a mulher pode se aposentar aos 60 anos e o homem, aos 65. O valor do benef�cio aumenta com o n�mero de anos de contribui��o
9- Como saber qual a f�rmula mais vantajosa?
Se n�o tiver o tempo m�nimo de contribui��o, a �nica op��o � a aposentadoria por idade.
Se tiver o tempo m�nimo de contribui��o, consulte primeiro a tabela do fator previdenci�rio (guiagoverno.com/tabela-pratica-do-fator-previdenciario-2015/).
Se o �ndice for superior a 1, essa � a f�rmula mais vantajosa. Se for inferior a 1 e voc� cumprir as condi��es da f�rmula 85/95, opte por ela
10- Se j� me aposentei pelo fator previdenci�rio, posso mudar para o 85/95?
N�o
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