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A arte concreta de Judith Lauand
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MARCELO MARANINCHI
COLABORA��O PARA A FOLHA
A artista pl�stica Judith Lauand � homenageada em exposi��o que conta com mais de 100 obras, provenientes de cole��es do Brasil e do exterior. A mostra traz telas do per�odo em que Lauand aderiu ao movimento concretista, ainda nos anos 50, e trabalhos posteriores, como colagens, aplica��es e suas famosas tramas em xadrez.
Leia entrevista com o curador, Celso Fioravante, e clique aqui para ver uma galeria com obras da exposi��o.
Folha - Como foi feito o recorte da exposi��o?
Celso Fioravante - A mostra apresenta 111 obras selecionadas entre mais de 600, pesquisadas em cerca de 50 cole��es brasileiras e internacionais. A sele��o come�a em 1954 --ano em que a artista adere ao concretismo e passa a fazer parte do Grupo Ruptura, al�m de realizar sua primeira mostra individual e ser premiada no Sal�o Paulista de Arte Moderna-- e vai at� o final dos anos 70, d�cada em que sua pintura volta a ser construtiva, mas n�o mais concretista ortodoxa e sim tomada de uma liberdade maior no desenho, na composi��o e na sele��o de cores.
Quais os materiais predominantes?
A mostra apresenta de tudo um pouco: pinturas em esmalte, t�mpera, �leo e acr�lica, desenhos em guache e nanquim, xilogravuras, tape�arias, colagens, bordados e esculturas. Mas a pintura � o dominante.
Quais s�o os destaques?
N�o h� destaques. � um panorama amplo e complexo da produ��o da artista. Mas vale ressaltar o retorno da obra que pertencia ao acervo de Adolpho Leirner e que hoje est� no Museu de Belas Artes de Houston (EUA).
Como voc� avalia a import�ncia de Lauand?
O valor dela est� ligado a toda a produ��o art�stica brasileira da segunda metade do s�culo 20, da qual foi uma das mais importantes expoentes, apesar de sua pouca visibilidade. Se a hist�ria fosse correta, hoje Judith estaria entre as principais artistas do pa�s. Ela foi uma hero�na no circuito de arte em um momento em que o circuito sequer existia. Viveu de sua produ��o art�stica e acompanhou todos os movimentos art�sticos desse per�odo, e n�o apenas o concretismo. Ela foi pop, pol�tica, feminista, lutou pelo fortalecimento do mercado de arte e nunca abandonou seu objetivo maior, que era ser artista.
Servi�o:
Exposi��o "Judith Lauand: Experi�ncias"
De 20 de janeiro a 3 de abril
Museu de Arte Moderna de S�o Paulo
Endere�o: Parque do Ibirapuera (av. Pedro �lvares Cabral, s/n� - Port�o 3)
Hor�rios: Ter�a a domingo, das 10h �s 17h30 (com perman�ncia at� as 18h)
ENTRADA FRANCA
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