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Sidney Molina

12 discos essenciais para conhecer Chico Buarque, que faz 80 anos

Crítico musical elege o melhor da produção do artista

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Sidney Molina

É violonista, professor e crítico musical​​. Autor dos livros "Mahler em Schoenberg" e "Música Clássica Brasileira Hoje" e fundador do quarteto de violões Quaternaglia

[RESUMO] O crítico musical seleciona e comenta o melhor do cancioneiro de Chico Buarque nas últimas seis décadas, do primeiro compacto, de 1965, a um single lançado em 2022. Produção exuberante do artista, que completa 80 anos nesta quarta (19), engloba canções políticas, de amor, trilhas para teatro, grandes sucessos populares e criações recentes mais ousadas em termos musicais.

Pedro Pedreiro / Sonho de um Carnaval (1965)

Compacto com duas faixas. Pela primeira vez ouve-se a voz de Chico Buarque em uma gravação. "Pedro Pedreiro" tem 60 versos e repete 36 vezes a palavra "esperando".

Chico Buarque de Hollanda V.3 (1968)

Traz na capa ainda o "de Hollanda" em seu nome. Inclui canções antológicas, como "Roda Viva", "Sem Fantasia" e "Retrato em Branco e Preto".

Chico Buarque com  Mônica Salmaso e banda durante ensaio da turnê de "Que Tal um Samba?", em São Paulo
Chico Buarque com Mônica Salmaso e banda durante ensaio da turnê de "Que Tal um Samba?", em São Paulo - Karime Xavier-31.mar.23/Folhapress/Folhapress

Construção (1971)

Álbum emblemático com arranjos do tropicalista Rogério Duprat. Além da faixa título e canções de intenso conteúdo social, como "Deus lhe Pague" e "Cotidiano", traz também momentos amorosos poderosos ("Olha Maria" e "Valsinha").

Chico Buarque (1978)

LP lançado quando a abertura política iniciava, mostra enfim ao público faixas que haviam sido integralmente proibidas pelo regime ditatorial, tais como "Cálice", "Apesar de Você" e "Tanto Mar".

Ópera do Malandro (1979)

Adaptação de Chico Buarque para a "Ópera dos Três Vinténs" (1928), de Bertolt Brecht e Kurt Weill, testa com sucesso os limites da censura em canções fortes como "Terezinha", "Geni e o Zepelim", "Pedaço de Mim" e "Folhetim".

O Grande Circo Místico (1983)

Com músicas de Edu Lobo e letras de Chico Buarque, o projeto encomendado pelo balé do Teatro Guaíra, de Curitiba, teve produção impecável e participação de Milton Nascimento, Zizi Possi, Gal Costa, Gilberto Gil e Tim Maia como intérpretes.

Chico Buarque (1984)

Lançado no ano da campanha das Diretas, em um momento em que, igualmente, a indústria fonográfica começava a mudar. Traz ainda, contudo, sucessos cantados por toda a gente, como "Vai Passar", "Brejo da Cruz", "Mil Perdões" e "Samba do Grande Amor".

Chico Buarque (1989)

Imediatamente anterior à publicação de "Estorvo" (1991), seu primeiro romance, apresenta melodias e letras que evitam padrões estabelecidos. São exemplos "Uma Palavra", "Morro Dois Imãos" e "O Futebol".

Paratodos (1993)

Primeiro álbum com direção musical integral de Luiz Cláudio Ramos, que cuidará das produções dos discos e shows de Chico a partir de então. Além da faixa título, há pérolas como "Choro Bandido", "Tempo e Artista" e "Futuros Amantes".

Carioca ao Vivo (2007)

Exemplo do alto nível de performance ao vivo de Chico e sua banda no século 21. Mescla a nova produção ("Outros Sonhos", "Ode aos Ratos", "Subúrbio") a ótimas versões de sucessos ("Mambembe", "Imagina", "Morena de Angola", "As Vitrines").

Caravanas (2017)

Até aqui, o CD de estúdio mais recente do compositor, com destaque para os violões nos arranjos. Chico segue em plena forma em "Tua Cantiga", "Blues pra Bia", "A Moça do Sonho" e leva ao limite a vertente da crítica social na inescapável "As Caravanas".

"Que Tal um Samba?" (2022)

Faixa lançada como single, tem participação do bandolinista Hamilton de Holanda. Retoma o estilo das letras gigantescas para melodias em espiral, dialogando com referências do Brasil contemporâneo, de Caetano Veloso ao técnico de futebol Abel Ferreira.

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