Tanto o preço médio dos livros quanto o faturamento do mercado editorial como um todo subiram no ano passado, segundo pesquisa da Nielsen divulgada com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros nesta segunda.
O setor faturou 8,3% a mais no ano passado do que em 2021, quando já se havia registrado um crescimento expressivo na venda das editoras ao público, com um salto de 29% sobre o primeiro ano da pandemia.
Como vinham prevendo os profissionais do mercado, 2022 foi um ano de consolidação do setor em um patamar mais alto de operação após a alta do período de quarentena.
Vale pontuar que, quando se considera na conta a venda de livros didáticos para o governo, que despencaram no ano passado, o cenário do setor como um todo foi de leve retração.
A quantidade bruta de livros vendidos no ano passado também foi superior, com 58,6 milhões de exemplares comercializados contra 56,9 milhões em 2021.
O salto acentuado no faturamento tem a ver com o crescimento do preço médio de cada livro. O valor subiu 5,2% esse ano, chegando a R$ 43,42, o que confirma um aumento que já era sensível ao público leitor.
As editoras tiveram que lidar com um forte aumento no preço do papel por causa de fatores como a Guerra da Ucrânia, que desestabilizou o mercado de commodities a partir de março. Isso levou ao aumento dos preços de capa e a uma reorganização dos lançamentos por parte das editoras.
Os descontos médios se mantiveram estáveis de um ano para o outro, mas a variedade de livros vendidos diminuiu 5% —ou seja, as editoras venderam mais exemplares, mas de menos títulos diferentes.
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