Armie Hammer, ator americano famoso por produções como "Me Chame pelo Seu Nome" e "Gossip Girl", volta aos cinemas agora após ser acusado de cometer estupro e de ter um fetiche canibal.
Ao lado de Gal Gadot, ele estrela o longa "Morte do Nilo", de Kenneth Branagh, que estreia esta semana. Faz o papel de Simon Doyle, que viaja pelo Egito sob a proteção de Hercule Poirot, o célebre detetive das obras policialescas de Agatha Christie —o filme é baseado no livro homônimo.
O longa foi filmado antes de surgirem as polêmicas envolvendo o ator. E, ao contrário do que aconteceu com outros atores cancelados, Hammer não foi afastado da produção. Também envolvido em escândalos sexuais, Kevin Spacey, por exemplo, não teve a mesma sorte —todas as suas cenas em "Todo o Dinheiro do Mundo", dirigido por Ridley Scott, foram regravadas com Christopher Plummer no seu lugar.
Em janeiro do ano passado, várias mulheres nas redes sociais acusaram o ator de abuso físico e emocional, manipulação e violência sexual. Ex-namorada de Hammer, Courtney Vucekovich disse que ele tinha fantasias ligadas ao canibalismo e que seu relacionamento com o ator era emocionalmente abusivo.
"Ele disse que queria quebrar minha costela, fazer um churrasco e comer. Foi muito estranho. Ele dizia que queria arrancar um pedaço meu", disse Vucekovich em entrevista ao portal Page Six na época. Os dois namoraram de junho a agosto de 2020.
Hammer declarou que não responderia o que chamou de "ataques virtuais maldosos", mas foi deixado por seus representantes e cortado de dois projetos em Hollywood.
Depois, uma nova acusação foi feita, desta vez de uma jovem que afirmou ter sido estuprada por ele. A polícia abriu uma investigação sobre o caso. O advogado de Hammer chamou a acusação de "ultrajante" e disse que todas as relações sexuais do ator foram "completamente consensuais".
Em junho do ano passado, o ator de 35 anos se internou numa clínica de reabilitação para tratar sua dependência de drogas, álcool e sexo, segundo relatou uma reportagem da Vanity Fair.
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