Na Colômbia, famílias que não têm mais comida em casa põem uma bandeira vermelha na janela. O sinal é um pedido de ajuda daqueles que vivem de ganhos diários, mas que, com as restrições da pandemia, estão sem renda.
A história dos colombianos é um dos relatos ouvidos e registrados pelos fotógrafos latino-americanos do coletivo Covid Latam. A bandeira vermelha é também inspiração para o nome do fotolivro recém-lançado, o Red Flag.
O grupo, originalmente formado por nove fotógrafos e nove fotógrafas, publica no Instagram (@covidlatam) desde 24 de março de 2020 registros do cotidiano de países da América Latina durante a
pandemia.
“A ideia é mostrar não só a situação da doença e o drama das mortes, mas as vidas das pessoas dentro de casa”, diz o fotógrafo brasileiro Rafael Vilela.
Um ano após o início das publicações, a fundação World Press Photo, anunciou em março de 2021 que o coletivo venceu o prêmio FotoEvidence, e o trabalho pôde virar livro.
Os fotógrafos trabalham, em sua maioria, como colaboradores de agências noticiosas e publicações internacionais, como The New York Times, The Guardian, The Washington Post e National Geographic.
O fotolivro (também com textos e entrevistas) pode ser adquirido por US$ 35, ou R$ 200, pelo site da
FotoEvidence, fotoevidence.com/books/red-flag-by-covid-latam. O grupo também está vendendo a publicação por US$ 30 (R$ 171) em uma plataforma de financiamento coletivo na internet, no site
igg.me/at/redflagbook.
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