Em sua primeira passagem pelo Brasil, no Lollapalooza de 2014, Ellie Goulding ainda era mais associada ao eletro indie de seu primeiro disco, "Lights” (2011), que ao status de nome bombado do pop britânico que “Halcyon” (2012) antecipava.
A resposta do público do palco Mundo, nesta sexta (27), no entanto, não foi tão expressiva quanto os números da cantora, que recentemente bateu o recorde de Adele como a inglesa que entrou mais vezes na lista de mais ouvidas da Billboard.
Apesar de transitar com maestria entre o alternativo e o mainstream com um setlist que percorreu sua carreira de ponta a ponta, a versatilidade de Ellie demorou a ser abraçada de verdade no show.
A resposta foi simbólica, uma vez que a presença da cantora como co-headliner do megafestival tinha ares de teste e nariz torcido em antecipação de parte do público.
É que há pouco mais de dois meses a escolha titular para o lineup, Cardi B, cancelou sua participação por questões pessoais. Saiu um dos nomes mais populares da música atual e entrou Ellie, que não solta um novo álbum há quatro anos.
Ela até arrancou palmas, pulinhos e foi acompanhada em refrões como os de "I Need Your Love" e "On My Mind". Mas foi na sequência final que conseguiu amolecer o coração brasileiro e relembrar um pouco o alvoroço que fez no Autódromo de Interlagos em 2014.
Ela emendou sucessos antigos como "Lights" e "Burn", pegou na guitarra, gravou um vídeo para mandar para os amigos que estão se casando em outro país e agradeceu por estar no lineup, apesar de não ser a escolha inicial.
Terminou com “Love Me Like You Do”, da trilha de “Cinquenta Tons de Cinza", deixando mais uma boa impressão para trás.
Quem fecha o palco é o rapper Drake, que vem ao Brasil pela primeira vez e não permitiu a transmissão de seu show na TV.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.