Autores como Gregório de Matos, Rui Barbosa, Luís Gama e Gilberto Gil nasceram em Salvador. Castro Alves, Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro vieram de outras cidades baianas, mas passaram boa parte da carreira na capital baiana.
Natural, portanto, que Salvador celebre o idioma tão bem cuidado por esses poetas, romancistas e jornalistas. Começa nesta quinta (28) a primeira edição do Festival da Língua Portuguesa, o Felpo.
Parte das comemorações dos 470 anos da capital baiana, o Felpo vai até sábado (30).
“Tentamos abarcar as latitudes da língua não apenas do ponto de vista geográfico. Também vamos abordar o idioma por meio da música, literatura, gastronomia”, diz o jornalista português Ricardo Oliveira, organizador do Felpo.
O único evento restrito a convidados é a Festa dos Sabores, um jantar nesta quinta (28) no restaurante Casa de Tereza, com pratos brasileiros, portugueses e angolanos.
Na sexta (29), canções de três continentes vão tomar o Farol da Barra. Um show gratuito a partir das 19h terá a música baiana de Daniela Mercury, Saulo, entre outros. Haverá ainda o fado contemporâneo dos portugueses Ana Moura e António Zambujo e o semba (música tradicional de Angola) de Paulo Flores.
Ao longo do sábado (30), o festival promoverá uma troca de livros na praça da Mariquita, no Rio Vermelho. Neste local, às 15h30, começa bate-papo com autores como Itamar Vieira Júnior, vencedor do prêmio Leya 2018, e Sérgio Rodrigues, colunista da Folha.
Maria João, neta de Jorge Amado, e Ricardo Viel, diretor de comunicação da Fundação José Saramago, vão comentar o livro “Com o Mar por Meio”, que reúne as correspondências trocadas entre os romancistas.
A próxima edição do festival —ou o segundo capítulo, como prefere Ricardo Oliveira— vai acontecer em Lisboa, em setembro.
O Felpo é uma iniciativa do Global Media Group, conglomerado de comunicação de Portugal que possui a rádio TSF, os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias, entre outros veículos.
O festival tem o apoio da Prefeitura de Salvador.
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