Em março, o Brasil completa 20 anos desde que disputou o Oscar de filme estrangeiro pela última vez. Quando saiu o anúncio de que o representante deste ano, “O Grande Circo Místico”, não estava entre os nove longas semifinalistas, as redes sociais foram tomadas por comentários de que “o cinema brasileiro só produz porcaria”.
Explicar o infortúnio, e compará-lo ao desempenho da Argentina, que emplacou quatro indicações e uma vitória no período, vai além de botar a culpa na qualidade. Envolve rever mecanismos de escolha, levar em conta particularidades americanas e não dar as costas para o prestígio de festivais como Cannes e Berlim.
Conheça cinco filmes brasileiros que bateram na trave do Oscar.
‘Central do Brasil’
Em 1999, o país disputou o Oscar de filme estrangeiro pela última vez com o melodrama social de Walter Salles, mas perdeu para o italiano ‘A Vida É Bela’
'O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias’
Quase chegou lá porque ficou entre os nove semifinalistas em 2008. O filme de Cao Hamburger conta a história de um menino que é filho de militantes políticos contra a ditadura militar
‘Que Horas Ela Volta?’
O drama social de Anna Muylaert virou queridinho nos festivais em 2015 e ganhou fôlego suficiente para pintar em apostas de sites especializados. O longa, contudo, não apareceu na lista dos semifinalistas
‘Aquarius’
Em 2016, o filme de Kleber Mendonça Filho se cacifou após concorrer à Palma de Ouro em Cannes. Mas foi preterido pelo pouco conhecido ‘Pequeno Segredo’. O setor acusou a Secretaria do Audiovisual de ter politizado a escolha, já que o diretor de ‘Aquarius’ se posicionou contra Michel Temer
‘O Grande Circo Místico’
O último representante brasileiro tem diretor de peso, Cacá Diegues. Um dos mais celebrados cineastas do país, ele tentou sete vezes disputar o Oscar. Mas o filme, que colheu críticas mornas, não ficou entre os semifinalistas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.