Passagem da fil�sofa Judith Butler por Congonhas termina na delegacia
Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
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Judith Butler, um dos principais nomes das teorias de g�nero |
Ap�s passagem conturbada em S�o Paulo, a escritora e filosofa Judith Butler foi alvo de protestos tamb�m no aeroporto de Congonhas, na manh� desta sexta (10). Houve confus�o entre manifestantes pr� e contra a americana.
Na p�gina oficial do Facebook do Ativistas Independentes, grupo de direita, um v�deo mostra o momento em que duas protestantes com placas contra Butler gritam "voc� n�o � bem-vinda aqui" e passam a tach�-la de "assassina de crian�a" e "destruidora da fam�lia".
Procurado pela Folha, o ator Alexandre Frota, que considera Butler "anarquista sexual", elogiou o protesto. "Parab�ns pelas idealizadoras do evento que representaram milh�es de brasileiros que n�o aceitam essa ideologia".
No Twitter ele escreveu que "est�vamos a espera dela no aeroporto de Congonhas e ela teve que ouvir".
Ap�s uma mulher se sentir ofendida por uma das manifestantes do grupo que protestava contra Butler, foi realizado um boletim de ocorr�ncia para investigar inj�ria racial e ambas as partes foram liberadas. A Pol�cia Civil do Aeroporto informa que n�o houve agress�o f�sica.
PROTESTO
Na ter�a-feira (7), a participa��o da fil�sofa Judith Butler em um semin�rio em S�o Paulo reuniu dois grupos de manifestantes (pr�s e contr�rios) na frente do Sesc Pompeia.
Professora da Universidade da Calif�rnia, em Berkeley (Estados Unidos), Butler � um dos principais nomes no estudo de g�neros e na teoria queer. No semin�rio desta ter�a, esse n�o foi o foco.
Ela falou sobre a democracia como a conquista de uma luta di�ria, e tamb�m ressaltou a necessidade de mais di�logos e da compreens�o da linguagem e da comunica��o como ferramentas para refutar as possibilidades de autoritarismo.
Durante as semanas que antecederam a vinda da filosofa ao pa�s -para o semin�rio "Os Fins da Democracia" (de 7 a 9 de novembro, no Sesc Pompeia)-, uma peti��o online foi organizada no site CitizenGo e reuniu mais de 300 mil assinaturas pedindo o cancelamento do evento.
Na segunda (6), a filosofa foi � Unifesp, onde falou sobre o seu livro "Caminhos Divergentes: Judaicidade e Cr�tica do Sionismo" (ed. Boitempo).
No evento, ela defendeu que criticar a atua��o pol�tica do Estado de Israel contra o povo palestino n�o � o mesmo que criticar o juda�smo. No meio da palestra, uma mulher saiu gritando "protejam nossas crian�as".
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