CR�TICA: Irresist�vel, 'Em Ritmo de Fuga' acelera na dire��o de virar cult
EM RITMO DE FUGA (muito bom)
(Baby Driver)
DIRE��O Edgar Wright
ELENCO Ansel Elgort, Jon Bernthal, Jon Hamm
PRODU��O EUA, 2017, 14 anos
Veja salas e hor�rios de exibi��o
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"Em Ritmo de Fuga" tem tudo para se transformar em um filme cult. Do tipo que daqui a uma ou duas d�cadas ter� seguidores ardorosos, como "O Grande Lebowski". Provavelmente seus f�s v�o cham�-lo sempre de "Baby Driver", o t�tulo original bem mais charmoso do que a est�pida vers�o brasileira. Dessa forma, por que n�o padronizar isso desde agora?
"Baby Driver" � aventura de ritmo acelerado. Nas espetaculares cenas de persegui��es de carros. Na trilha sonora recheada de boas can��es de rock, blues e soul de d�cadas variadas. No roteiro urgente, enxuto, que parece nunca ter tempo a perder.
Baby � o nome do protagonista, um jovem que dirige carros em assaltos a bancos. Teve um acidente quando garoto, que o deixou com um zumbido permanente no ouvido. Para aliviar esse inc�modo, ele passa praticamente o dia inteiro escutando m�sica alta no headphone.
Em poucas cenas j� fica claro que Baby � singular. Al�m do invej�vel talento de dirigir um carro, tem mem�ria prodigiosa e capacidade de aten��o irreal. Mesmo com a m�sica pesada bombardeando seus ouvidos, assimila tudo que � dito a seu redor.
Ansel Ergot, ator de nome nada pop que apareceu como coadjuvante na saga dist�pica adolescente "Divergente", d� um ar infantil a Baby que convence rapidamente a plateia de que ele � um bom rapaz e n�o deveria estar fazendo parte de uma quadrilha de assaltantes. A n�o ser que fosse obrigado a tal coisa.
Assim, fica f�cil torcer para o personagem. Ele est� nessa para pagar uma d�vida com Doc, chef�o por tr�s dos roubos interpretado por um contido Kevin Spacey. O l�der pretende ficar com a parte de Baby nos assaltos at� que a d�vida seja quitada. E Doc sabe como o garoto � bom. A cada golpe, tem a pr�tica de trocar todos os integrantes da gangue, exceto Baby ao volante.
Definida a linha condutora, que � acompanhar Baby em assaltos cada vez mais arriscados, o filme derrapa ao exagerar nas tintas para mostrar como Baby � "do bem".
�rf�o, gentil, educado, ele cuida de um colega de apartamento que n�o poderia ser mais esquem�tico: Joseph (CJ Jones), um idoso negro surdo-mudo numa cadeira de rodas. Como namorada de Baby, surge a garota mais meiga, fofa e perfeita, a gar�onete Debora (Lily James, de "Downton Abbey").
Um dos achados do diretor e roteirista ingl�s Edgar Wright, dos �timos "Todo Mundo Quase Morto" (2004) e "Homem-Formiga" (2015), � conduzir a trama para o incontrol�vel. A barra fica mais pesada a cada a��o, como se aos poucos Wright fosse possu�do por Quentin Tarantino.
Ajudam muito nesse desenrolar bons personagens na turma de assaltantes, na pele de atores carism�ticos como Jamie Foxx e Jon Hamm. O primeiro � impulsivo, falastr�o e desbocado. O segundo faz um personagem assassino que d� espa�o para um pouco do charme habitual do astro da s�rie "Mad Men".
"Baby" n�o � irretoc�vel porque acaba cedendo bastante ao que o p�blico quer ver, � um tanto manique�sta e previs�vel. O que n�o impede o filme de ser uma p�rola pop na temporada. Uma divers�o excitante e irresist�vel.
Assista ao trailer de 'Em Ritmo de Fuga'
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