Eug�ne Green conta com gra�a hist�ria universal de um filho em busca do pai
Divulga��o | ||
![]() |
||
Cena de 'O Filho de Joseph'; o sexto longa do americano Eug�ne Green |
Eug�ne Green, um dos maiores cineastas contempor�neos, � norte-americano radicado na Fran�a. Ele agora chega a seu sexto longa-metragem, e o segundo seguido com distribui��o comercial no Brasil (ap�s o bel�ssimo "La Sapienza", de 2014).
"O Filho de Joseph" � o nome do filme, e � at� aqui seu trabalho mais palat�vel. O que n�o quer dizer que a for�a de sua dramaturgia, calcada na frontalidade e no antinaturalismo, tenha se enfraquecido.
Palat�vel primeiramente por trazer uma hist�ria de pai ausente e de substitui��o paternal na vida de um adolescente, uma hist�ria que � universal e que, por isso, pode tocar a todos.
N�o estamos mais diante das fabulosas discuss�es sobre o mundo da arte, sobretudo a arte barroca. Elas existem no filme, mas s�o menos centrais para a narrativa.
Em segundo lugar, mas n�o menos importante, por contar com atores mais conhecidos do grande p�blico, como Natacha R�gnier (que com ele j� havia filmado o essencial "A Ponte das Artes", de 2004) e Mathieu Amalric –o que facilita a empatia (ou a antipatia) com rela��o a seus personagens.
Vincent (Victor Ezenfils) � o adolescente incomodado porque n�o conhece o pai. At� que descobre, numa gaveta da c�moda da m�e, Marie (R�gnier), uma carta endere�ada ao prov�vel pai, Oscar Pormenor (Amalric), editor liter�rio de muita pose e pouco car�ter.
Vincent o procura, e inevitavelmente se decepciona.
No processo, inicia uma bela amizade com Joseph (Fabrizio Rongione), irm�o de Oscar, mas em tudo diferente dele. O espectador, ent�o, logo percebe que as pe�as ir�o se juntar de alguma forma, restando apenas entender como.
A previsibilidade � relativa, em se tratando de Eug�ne Green, e neste filme n�o significa problema algum. A maneira como as coisas se arranjam corresponde � maior parte da gra�a em seus filmes.
Gra�a, ali�s, � uma boa palavra para associar aos filmes de Eug�ne Green.
Contempla, de certo modo, o que nos provoca o seu cinema, sua po�tica �nica, sua maneira de lidar com os sentimentos.
Parte dessa gra�a est� no entendimento de como ele usa humoristicamente os atores coadjuvantes –Maria Medeiros, como uma escritora consagrada, e os "greenianos" Christelle Prot e Adrien Michaux– e os nomes dos personagens: Green entende bem o portugu�s, ent�o n�o � surpresa se o nome do editor for uma piada.
Livraria da Folha
- Box de DVD re�ne dupla de cl�ssicos de Andrei Tark�vski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenci�rio
- Livro analisa comunica��es pol�ticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade