Min�scula Casa de Francisca reabre pequena no hist�rico Palacete Teresa
A Casa de Francisca era min�scula e agora tornou-se pequena. A defini��o � de Rubens Amatto, um dos fundadores da casa de shows que saiu dos Jardins e reabriu nesta quarta-feira (8) no Palacete Teresa Toledo Lara, no centro hist�rico de S�o Paulo.
No tri�ngulo formado pelas ruas Direita, Quintino Bocai�va e Jos� Bonif�cio, ecoava j� durante a tarde a passagem de som dos artistas que, � noite, receberiam os primeiros visitantes no pr�dio de 1910.
Estava l� o Clube da Encruza completo: Ju�ara Mar�al, Kiko Dinucci, Romulo Fr�es, Marcelo Cabral, Thiago Fran�a, Rodrigo Campos e S�rgio Machado. E tamb�m Emicida, o convidado da noite.
Seria apenas o primeiro dia de shows que apresentam o novo espa�o. Na quinta (9), o mesmo clube recebeu N� Ozetti e Tulipa Ruiz e, nesta sexta (10), junta-se a Ava Rocha.
A sele��o dos artistas, que estreitaram suas rela��es na antiga casa, faz jus � curadoria afiada que cultivou a Casa de Francisca desde que ela surgiu, em 2006.
Como esperado em qualquer estreia, houve problemas. O principal foi o esquema do bar, enclausurado em um pequeno quadrado na parte externa do sal�o.
Nem Chico C�sar, que prestava visita ao local onde tocar� na quinta (16), escapou. "Quero �lcool", disse ao chegar na fila para as bebidas onde as pessoas aguardavam pelo menos 15 minutos para um refresco de guaran� com lim�o. Precisou esperar.
Com a voz embargada, Amatto subiu ao palco antes do show para dar as boas-vindas.
Explicou que a mudan�a de local n�o vinha com o prop�sito de uma expans�o, mas sim com o objetivo de ter liberdade para projetos que fujam da zona de conforto a que chegaram ap�s dez anos.
Na antiga casa, com capacidade para apenas 40 pessoas, o servi�o de comes e bebes sempre pausava na hora dos concertos para que o ouvinte fizesse uma imers�o musical.
Agora, podendo receber cerca de 180 visitantes, o espa�o ter� novos prop�sitos, al�m do intimista, como shows dan�antes e eventos que integrem os arredores.
Amatto agradeceu seus parceiros muito emocionado. Quando a voz falhou, seu filho, Chico, irrompeu o palco com um abra�o. Foi tamb�m a crian�a que arrematou o discurso com um agudo, mas gracioso "Viva a Casa de Teresa".
CENTRO
N�o h� como negar que o palacete seja verdadeiramente belo, com janelas do ch�o ao teto, tacos de madeira no sal�o principal e azulejos originais do edif�cio em seus corredores.
A vista de suas adornadas sacadas, no entanto, n�o nos deixa esquecer a disparidade social. Enquanto alguns dan�am e se divertem abrigados, uma dezena de pessoas faz da rua logo � frente o seu dormit�rio.
O sentimento � estranho e os frequentadores n�o se mostraram alheios a ele, mas foi posto em perspectiva pelos pr�prios artistas. O saxofonista Thiago Fran�a fez um apelo para que n�o se julguem os moradores de rua. "N�o � s� uma quest�o de trabalho, o problema � mais complexo do que isso", disse.
Na sa�da, um seguran�a fazia escolta na porta da casa, enquanto outro se posicionava do lado oposto do cal�ad�o ao qual os carros n�o t�m acesso. Mesmo assim, as pessoas faziam grupinho para atravessar os dois quarteir�es de dist�ncia.
Colaborou VICTORIA AZEVEDO
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