Pesquisas mostram que brasileiro tamb�m assiste a s�ries em maratona
Christopher Raphael/AP | ||
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Gael Garc�a Bernal em 'Mozart in the Jungle', s�rie da Amazon |
N�o � recomend�vel, mas nestas f�rias voc� pode ver sem parar, pela internet, todas as temporadas da maioria das s�ries indicadas ao Globo de Ouro. Pode ser via celular ou seu velho televisor, usando fio para se ligar ao laptop ou consoles de games e outros dispositivos.
Voc� pode ver "Stranger Things" e "The Crown" na Netflix (R$ 19,90 por m�s). "Mozart in the Jungle" e "Transparent" na Amazon Prime Video (cerca de R$ 10, nos primeiros seis meses). "Game of Thrones", "Westworld" e "Veep" na HBO Go (R$ 34,90), esta de alcance digital por enquanto limitado ao Distrito Federal e a Esp�rito Santo, Bahia e Mato Grosso do Sul.
Pode assistir �s duas s�ries brasileiras selecionadas pela revista "The Hollywood Reporter" entre as 12 melhores fora dos EUA: "3%" na Netflix, "sombria, complexa e provocadora, filmada de maneira surpreendente", e "Magn�fica 70" na HBO Go.
Pode assistir tamb�m �s s�ries da Globo Play (R$ 14,20 por m�s), concorrente brasileira das tr�s, com t�tulos como "Dois Irm�os", que estar� dispon�vel na semana que vem, "Nada Ser� Como Antes" e "Supermax" —esta a primeira experi�ncia da rede com produ��o, antes de mais nada, para a internet.
Com "Supermax", dispon�vel desde setembro, a Globo testou se o brasileiro se dispunha tamb�m ao "binge watching", a ver uma s�rie sem parar. "Binge", em tradu��o literal, � farra, bebedeira. No caso, tem sido traduzida recatadamente como maratona ou imers�o. A Globo comprovou que sim, o brasileiro gosta de farra.
A cada novo epis�dio era maior o percentual de reten��o, de espectadores que seguiam para o pr�ximo.
Repetindo uma din�mica j� conhecida de "binge", um epis�dio intermedi�rio, o quinto, foi marcado como "viciante" pela Globo Play: a partir dele, a reten��o deu um salto.
N�o foi o bastante para salvar uma s�rie que, posteriormente, n�o deu maior audi�ncia na TV aberta. "Supermax" n�o ter� nova temporada, mas as experi�ncias digitais da Globo v�o prosseguir, agora com "Dois Irm�os", que tem Luiz Fernando Carvalho como diretor art�stico.
Elas j� v�m de quase dois anos. "A gente tem pesquisado profundamente isso ['binge'] desde o come�o de 2015", relata Alberto Pecegueiro, diretor-geral da programadora Globosat, que estuda "em conjunto com a TV Globo" a produ��o de s�ries brasileiras para o servi�o de internet do grupo.
A principal li��o que ele tirou das pesquisas digitais � que "tem que fazer um processo de reeduca��o, entender que � uma outra m�dia. N�o pode olhar com a mesma lente [das TVs aberta e paga]. O processo de consumo � diferente". Por exemplo, "� muito f�cil para o assinante cancelar a Netflix, assim como � muito f�cil assinar".
Em cinco anos no Brasil, reconhece Pecegueiro, a Netflix "foi muito educativa, para mostrar que � um outro neg�cio mesmo". E seu "m�rito maior � ter criado algo novo, o 'binge watching', a imers�o em uma s�rie, que a ind�stria n�o tinha e representa um salto".
A Netflix tamb�m fez suas pesquisas sobre "binge" no Brasil. A exemplo da Globo Play, evita divulgar dados que possam indicar audi�ncia ou quantidade de assinaturas, mas ajuda a desenhar o perfil do usu�rio brasileiro, como o fato de demorar mais para completar uma temporada.
Os levantamentos confirmam, segundo a porta-voz da Netflix Am�rica Latina, Amanda Vidigal, que o fen�meno da maratona com s�ries "existe, com certeza", tamb�m no Brasil. Para Erik Barmack, vice-presidente de s�ries internacionais, assistir a programas assim "ser� o padr�o" em poucos anos.
Ele conta que a decis�o de dar acesso simult�neo a todos os epis�dios de uma temporada, que levou � revela��o do "binge watching", foi tomada em 2012, quando foi ao ar "Lilyhammer", o primeiro "original" da Netflix, em coprodu��o com a TV estatal norueguesa:
"Existia a alternativa da base semanal, da TV linear, e a ideia de fazer isso tamb�m no servi�o pela internet para manter a conversa sobre a s�rie durante um certo tempo. Mas a decis�o foi que a escolha do consumidor vem antes de tudo. E agora, com as pessoas assistindo em 'binge', elas mostram mais paix�o quando conversam sobre a s�rie on-line, na maneira como recomendam para seus amigos."
Editoria de arte/Editoria de arte/Folhapress | ||
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