Nova febre entre os amantes de s�ries, 'Stranger Things' recupera anos 1980
"O que est� acontecendo no Brasil?" A pergunta, em tempos de crise pol�tica e v�rus da zika, ganhou conota��es negativas nos �ltimos tempos. Mas n�o � este o caso.
O questionamento � de Matt Duffer, criador, roteirista e diretor de "Stranger Things" ao lado do irm�o g�meo, Ross. Sua s�rie de fic��o cient�fica na Netflix tomou as redes sociais do Brasil de assalto na �ltima semana. O servi�o de streaming n�o divulga audi�ncia.
Divulga��o | ||
A garota El amassa lata com o pensamento em "Stranger Things", nova s�rie da Netflix |
"Ainda estou tentando entender. Somos uma equipe pequena, mas estamos felizes. As pessoas que gostam da nossa s�rie parecem ser inteligentes, cool", declara Matt.
"David Harbour [que interpreta o xerife Jim Hopper] brincou que dever�amos filmar uma temporada no Brasil, mas n�o acho que conseguiremos fazer isso", diz Ross, o irm�o g�meo.
"Notei que a coisa tinha explodido quando comecei a comecei a postar no Instagram e milhares de brasileiros curtiram a foto", conta o ator mirim Caleb McLaughlin.
Caleb � Lucas, um dos tr�s garotos que conduzem uma investiga��o na pequena Hawkins, Estado de Indiana, para encontrar um amigo desaparecido na floresta que circunda a localidade.
Aparentemente algo de outro mundo � respons�vel pelo sumi�o do garoto, e a s�rie entra numa mistura de terror, fic��o cient�fica, drama teen e refer�ncias, refer�ncias, refer�ncias, muitas refer�ncias a filmes dos anos 1980.
HOMENAGENS
Nos oito epis�dios da primeira temporada, os irm�os Duffer homenageiam diversas obras, principalmente quando entra em cena uma misteriosa garotinha psicocin�tica. � poss�vel perceber "E.T. - O Extraterrestre" (1982), "Chamas da Vingan�a" (1984), "Alien, O Oitavo Passageiro" (1979), "Os Goonies" (1985), "Poltergeist: O Fen�meno" e dezenas de outros.
Questionado pela Folha sobre os limites entre c�pia e inspira��o, Matt sai pela tangente: "A s�rie conecta tudo que adoramos e h� claramente cenas que fizemos como homenagem. Acho �timo que as pessoas estejam encontrando essas conex�es, porque elas se sentem mais pr�ximas".
As homenagens, entretanto, n�o foram um problema para a produ��o da s�rie. Mas houve outro. "Quando apresentamos para produtoras em Los Angeles, recebemos uns 15 'n�os'", revela Matt. Segundo ele, ningu�m apostava em uma hist�ria com tr�s tramas: a das crian�as, a segunda com um casal adolescente e uma outra liderada pelo xerife e a m�e do menino desaparecido (Winona Ryder).
"Um executivo sugeriu cortar as crian�as para fazer uma s�rie de suspense adulta. Seria mais uma s�rie como as outras...", conta Ross.
OS MANOS
G�meos de 32 anos, naturais de Durham, na Carolina do Norte, Matt e Ross Duffer seguiram uma trajet�ria comum entre cineastas novatos em Hollywood.
Assim como seu her�i de inf�ncia, Steven Spielberg, os Duffer come�aram a fazer pequenos filmes caseiros ainda crian�as, mas "o pessoal de Durham n�o entendia aquilo", recorda-se Ross.
Se mudaram para Los Angeles em 2003 e estudaram cinema na faculdade de Chapman, em Orange County. Ao se formarem, em 2007, eles entregaram o curta "We All Fall Down", passado durante uma peste em 1666.
Ap�s novos curtas e uma passagem pela televis�o, lan�aram sem sucesso um filme de horror chamado "Hidden". Dois anos atr�s, a dupla encontrou um lar na produtora 21 Laps, de Shawn Levy, diretor de "Uma Noite no Museu".
Para o elenco infantil de "Stranger Things", os Duffer contam terem testado cerca de mil crian�as.
Da ideia inicial, uma mudan�a foi crucial: "Aumentamos a participa��o do elenco dentro da outra dimens�o. No in�cio, seria algo meio 'Poltergeist', com as pessoas tentando tirar Will, sem mostrarmos o lugar. Mas vimos que seria visualmente atraente irmos para l�", explica Matt.
"Estamos confiantes no segundo ano, que, caso aconte�a, vai ser mais sombrio", amea�a Ross.
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