L�der de movimento que 'reinventa' o ax�, Baiana System lan�a disco em SP
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M�scaras, s�mbolo da est�tica da Baiana System, em show do grupo |
H� algum tempo o ax� n�o diz mais "joga a m�ozinha para o alto e tira o p� do ch�o".
Com a perda de espa�o do ritmo, que consagrou o Carnaval de Salvador a partir dos anos 1980, para g�neros como o sertanejo e o funk, a m�sica popular baiana precisou se reinventar.
Foi ent�o que surgiram bandas como a Baiana System, primeiro um nome proeminente no underground, depois um fen�meno comercial no Estado, que j� d� passos largos fora dele. Nos pr�ximos dias 27 e 28, o grupo lan�a seu segundo disco, "Duas Cidades", em S�o Paulo.
"J� houve o olhar � produ��o musical do Sudeste, do Recife, do Par�... Na Bahia, muita coisa vem acontecendo h� algum tempo, mas tudo era muito dilu�do. Agora, est� ganhando aten��o", diz Roberto Barreto, idealizador do projeto, que toca guitarra baiana na banda.
O instrumento, criado pela lend�ria dupla Dod� e Osmar nos anos 1940 e respons�vel pela cria��o do trio el�trico, norteia o trabalho do grupo e ganha bases de dub e groove, dialogando com m�sica eletr�nica, jamaicana e caribenha.
"Come�amos com a ideia de fazer um trabalho diretamente ligado � guitarra baiana, inserindo-a dentro de outro universo, que n�o necessariamente o do Carnaval", explica.
Na pr�tica, por�m, o universo da folia foi determinante. A banda desfila na festa desde sua cria��o, em 2009, mas por alguns anos atraiu grupos pequenos, formados principalmente por foli�es do tipo "esquisit�es", irritados com a cultura do abad�.
Hoje, cenas de multid�es atr�s do "Navio Pirata" —como foi batizado o trio el�trico do grupo— impressionam pelo engajamento do p�blico, em uma esp�cie de �xtase com o som potente da banda.
O trio, diz Barreto, � para a Baiana System um grande sound system —sistema de som improvisado em festas de rua, popularizado na Jamaica nos anos 1950.
NOVA IND�STRIA
Al�m do guitarrista e da colabora��o constante de DJs, integram o grupo o vocalista e compositor Russo Passapusso, o baixista SekoBass e o ilustrador e designer Filipe Cartaxo, respons�vel pela identidade visual e pela m�scara distribu�da nos shows, s�mbolo da est�tica do projeto.
J� popularizada no mainstream de Salvador, embora permane�a independente, a Baiana encabe�a um movimento que tenta ressignificar a ind�stria musical baiana, que j� n�o consegue mais se sustentar no ax�. Nomes como Orkestra Rumpilezz, Manuela Rodrigues e Marcia Castro acompanham o fluxo.
Tamb�m reflete um novo momento do Carnaval da capital, em que cordas e abad�s car�ssimos d�o cada vez mais espa�o a trios independentes. "Aos poucos, o Carnaval precisou mudar. Come�ou a haver o questionamento sobre o espa�o p�blico na festa e a perda de liberdade em nome do mercado."
Quanto ao segundo disco, Roberto avalia que a banda est� mais madura.
"O primeiro [lan�ado em 2010] foi um esbo�o de ideias, produzido de forma quase caseira", lembra. "No 'Duas Cidades', h� o inverso do que normalmente acontece: n�s j� est�vamos na estrada tocando as m�sicas e sintetizamos isso para o disco, a partir do resultado que tivemos ao vivo."
O �lbum ser� apresentado na choperia do Sesc Pompeia, com participa��o do pernambucano Siba. Ingressos custam de R$ 9 a R$ 30.
BAIANA SYSTEM - DUAS CIDADES
QUANDO sexta (27/5) e s�bado (28/5), �s 21h30
ONDE Choperia do Sesc Pompeia (r. Cl�lia, 93, tel. 11 3871-7700)
QUANTO R$ 9 a R$ 30
CLASSIFICA��O 18 anos
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