Ind�stria do cinema est� 'pior do que nunca', diz Dustin Hoffman
Sete vezes indicado ao Oscar (venceu o pr�mio por "Kramer vs. Kramer" e "Rain Man"), o ator e diretor Dustin Hoffman, 77 anos, n�o est� muito entusiasmado com a ind�stria do cinema.
"Acho que agora a televis�o est� melhor do que jamais esteve. E que a ind�stria do cinema est� pior do que nunca – nos 50 anos em que estou nela, este � o pior momento", afirmou ele em entrevista ao jornal brit�nico "The Independent".
Para ele, restri��es de or�amento e a press�o para se filmar em cada vez tempo est�o destruindo o cinema – criticou o fato de que, por vezes, os diretores s�o cobrados para terminar de gravar um filme em cerca de tr�s semanas.
"� dif�cil acreditar que voc� pode fazer um bom trabalho com t�o pouco dinheiro. 'A Primeira Noite de Um Homem' [1967, em que vive o protagonista] e � um filme que ainda se sustenta, teve um roteiro maravilhoso em que levaram tr�s anos, um diretor excepcional com um elenco e equipe excepcionais. Era um filme pequeno, quatro paredes e atores, e ainda assim tivemos cem dias de filmagem", disse.
Ainda sobre "A Primeira Noite de Um Homem" – filme dirigido por Mike Nichols que o al�ou ao estrelato –, ele disse que conquistou o papel de Ben Braddock por acaso, em uma trajet�ria que difere do que chamou de "ciclo completo" experimentado por outros atores: primeiro pap�is "eufemisticamente chamados de coadjuvantes", depois, com sorte, personagens maiores, at� chegar a protagonizar uma produ��o.
"Eu era uma esp�cie de acidente bizarro, e ent�o consegui um personagem que calhou de ser o protagonista de 'A Primeira Noite de Um Homem' e � como se, em um clique, eu tivesse virado uma estrela instant�nea", comentou.
Em cartaz em "Trocando Os P�s", com�dia protagonizada por Adam Sandler, Hoffman contou que teve dificuldade de voltar a dirigir ap�s assinar sua estreia por tr�s das c�meras, em 2012, com "O Quarteto". "Considero tudo o que aparece para mim, e n�o estou conseguindo muito no que diz respeito � dire��o. N�o acho que tenha nada a ver com ser bom ou ruim, mas se seus filmes fazem ou n�o dinheiro", afirmou.
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