CR�TICA
CR�TICA: Exposi��o retrospectiva destaca ousadia de Geraldo de Barros
No princ�pio era a pintura. Assim como grande parte dos artistas que passaram da produ��o moderna para a contempor�nea, Geraldo de Barros (1923-1998) come�ou sua carreira usando os pinc�is.
Contudo, o percurso da �tima retrospectiva de sua obra, "Geraldo de Barros e a Fotografia", em cartaz no Sesc Belenzinho, em parceria com o Instituto Moreira Salles, n�o se inicia com seus primeiros trabalhos nas telas, mas com uma esp�cie de reencena��o de um dos momentos mais significativos de sua carreira: a exposi��o "Fotoforma", realizada no Masp, quando o museu ainda ocupava o primeiro andar da sede dos Di�rios Associados, em 1951.
� realmente impressionante como a mostra foi ousada, apresentando at� mesmo fotografias recortadas e amparadas em pedestais, como se fossem esculturas.
Geraldo de Barros | ||
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Fotografia em papel de gelatina/prata (superposi��o de imagens no fotograma) Imagem faz parte da exposi��o Geraldo de Barros e a fotografia, no IMS Rio |
TOM RADICAL
� com esse tom radical que a retrospectiva, com curadoria de Heloisa Espada, segue a partir de ent�o com um percurso do artista de maneira cronol�gica, apresentado entre as primeiras obras um autorretrato do artista.
� ineg�vel, no entanto, que a pintura de 1947, um tanto convencional, ganha outro contorno a partir do impacto do experimentalismo da primeira sala.
A ampla exposi��o, com 258 obras, abarca as distantes e variadas produ��es importantes de sua carreira como artista: as fotografias realizadas a partir de 1946, quando adquire sua primeira c�mera; a s�rie das "Fotoformas", realizada a partir das m�ltiplas exposi��es na mesma chapa fotogr�fica; as pinturas concretas dos anos 1950; as obras pop dos anos 1970; a s�rie "Sobras", dos anos 1980.
Em cada uma dessas fases, a curadora selecionou pe�as significativas, nas quais � poss�vel vislumbrar algumas particularidades de sua po�tica, como a influ�ncia das aulas de gravura que teve com L�vio Abramo –o que certamente estimulou o desenho realizado em alguns negativos fotogr�ficos.
Al�m de um come�o potente, a mostra se encerra com um conjunto de impacto: a s�rie completa de 268 colagens de negativos e positivos sobre vidro, realizado pelo artista no fim de sua carreira.
Inovador, esse trabalho, junto a 70 amplia��es das colagens, atesta o que se viu j� na primeira sala: Barros � um dos mais radicais criadores em artes visuais na segunda metade do s�culo 20 no pa�s.
GERALDO DE BARROS E A FOTOGRAFIA
QUANDO de ter. a s�b., das 10h �s 21h; dom., das 10h �s 19h30; at� 31/5
ONDE Sesc Belenzinho, r. Padre Adelino, 1.000, tel. (11) 2076-9700
QUANTO gr�tis
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