Quadro de Rothko atacado com spray volta a ser exibido em Londres
A obra do pintor Mark Rothko "Black on Maroon" (1958) voltou restaurada nesta ter�a-feira (13) �s paredes do museu Tate Modern de Londres, 18 meses ap�s ser atacada com um spray.
Em outubro de 2012, Wlodzimierz Umaniec, um homem que dizia ser o fundador do movimento art�stico "amarelismo", escreveu com spray preto seu nome e a legenda "12 uma obra potencial do amarelismo". O movimento se diz "anti-arte" em um manifesto.
Umaniec foi condenado � pris�o e, mais tarde, pediu desculpas por suas a��es.
"Eu pe�o desculpas ao povo brit�nico pelo que fiz. Eu achei que queria mudar o mundo da arte, mas claramente eu o fiz de uma forma muito, muito errada", disse em um comunicado.
Luke MacGregor/Reuters | ||
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Funcion�rios do Tate de Londres retornam a obra 'Black on Maroon' (1958), de Mark Rothko, �s paredes do museu |
"Eu passei quase um ano e meio na pris�o e o povo brit�nico pagou custos enormes de restaura��o, ent�o definitivamente n�o valeu a pena fazer isto. Tenho certeza que a equipe de restaura��o fez um �timo trabalho e encorajo todas as pessoas a verem o quadro restaurado".
Antes da pris�o, por�m, ele disse a BBC que n�o era um v�ndalo e que a "arte nos permite pegar o que algu�m fez e atribuir uma nova mensagem � coisa".
O valor das obras de Rothko —nascido na Let�nia e morto em 1970 em Nova York— � calculado em milh�es de d�lares. Sua pintura mais cara at� agora, "Orange, Red, Yellow", foi vendida em leil�o por US$ 86 milh�es em dezembro de 2012 (cerca de R$ 190,37 milh�es).
O valor de restaura��o foi calculado entre 5 milh�es e 9 milh�es de libras (entre R$ 18,61 milh�es e R$ 33,51 milh�es).
O quadro foi criado para ser exposto no restaurante Four Seasons, em Nova York, mas o artista mudou de ideia e doou a obra � galeria Tate em 1969.
O spray, que cobria uma �rea com cerca de 30 cm de di�metro, atravessou v�rias camadas da pintura. Segundo um comunicado divulgado pelo Tate Modern, "embora seu dano permanecer� sempre sob a superf�cie, a obra foi recuperada a uma condi��o apresent�vel".
Os restauradores criaram uma r�plica do quadro e o grafitaram tamb�m, para testar tipos diferentes de solventes e encontrar o mais eficiente para remover o spray.
"A Tate tem uma equipe de conserva��o que � uma das melhores do mundo. Sua experi�ncia, rigor, trabalho paciente e seu respeito pelo quadro nos permitiram recuper�-lo para o p�blico", explicou no comunicado o diretor do museu, Nicholas Serota.
"A obra volta a estar � vista do p�blico, como nosso pai quis", comemorou Christopher Rothko, filho do pintor.
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