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Cr�tica: Filme convencional, "O Lado Bom da Vida" vibra gra�as aos atores
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C�SSIO STARLING CARLOS
CR�TICO DA FOLHA
Para um filme de amor dar certo, antes bastava juntar um cara carente e uma garota bonita, �s vezes solit�ria, ou vice-versa, temperar com um pouco de dificuldades e, pronto, funcionava a receita de abra�os e beijos na medida para suprir nossa fome de afeto.
Favorita ao Oscar, Jennifer Lawrence mergulha em personagens
Livro "O Lado Bom da Vida" foi comprado para o cinema antes de ter editora
"O Lado Bom da Vida" mostra que aquela f�rmula n�o foi superada, mas exige um pouco mais de amargor.
Agora o pr�ncipe � man�aco-depressivo e a princesa, ninfoman�aca, depois de viverem perdas que justificam a descompensa��o. Nada muito grave, apenas o bastante para faz�-los parecidos com gente como a gente.
Divulga��o | ||
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Jennifer Lawrence e Bradley Cooper em cena de "O Lado Bom da Vida" |
A ast�cia da adapta��o para o cinema do best-seller de Matthew Quick consiste em banalizar a perturba��o, trazer o dist�rbio para o cotidiano, afastando-o da experi�ncia de exce��o.
Afinal, hoje, quando qualquer melancoliazinha j� vira depress�o, n�o conseguimos definir os limites onde come�a e acaba a tal normalidade.
Ou seja, o que Pat (Bradley Cooper) e Tiffany (Jennifer Lawrence) entregam de cara ao p�blico � um espelho, uma afei��o imediata garantida pelo sentimento de quem reconhece: "P�, eu j� vivi isso!".
O diretor David O. Russell, que se destacou no terreno do cinema indie nos anos 1990, aproveita esse tipo de proje��o com �ngulos sempre muito pr�ximos, �ntimos mesmo, dos corpos.
A imagem, em formato scope, absorve ainda mais o olhar, que fica imerso em constantes closes, sem ter para onde escapar, ref�m da desorienta��o de Pat e Tiffany.
A instabilidade da c�mera na m�o, mais que repetir o estereotipado efeito de realismo, serve para enfatizar o dist�rbio, captar a turbul�ncia de afetos.
Tais supostas liberdades de estilo, no entanto, n�o trazem nada de novo ou original nem oferecem respiro para o convencionalismo, que se imp�e a partir do momento em que o filme se entrega a um banal romantismo.
A vantagem � que "O Lado Bom da Vida" de fato vibra gra�as aos atores, explora ao m�ximo a capacidade deles de alcan�ar veracidade ou exibir histrionismo.
Enfim, um filme que todo mundo quer ver na temporada de pr�mios e torcer pelo triunfo de seus int�rpretes na noite do Oscar.
O LADO BOM DA VIDA
DIRE��O David O. Russell
PRODU��O EUA/2012
ONDE Espa�o Ita� - Augusta, Tambor� Cinemark e circuito
CLASSIFICA��O 14 anos
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+ NOT�CIAS EM ILUSTRADA
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