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02/12/2012 - 06h05

MV Bill leva realidade dos morros cariocas p�s-UPPs a seu novo EP

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ALBERTO PEREIRA JR.
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Alex Barbosa Pereira, 38, o MV Bill, ainda v� restri��es ao espa�o do rap no Brasil, a despeito da proje��o de figuras como Emicida e Criolo na TV. Por isso, aproxima-se cada vez mais da internet.

Ou�a a m�sica in�dita "Soldado que Fica", do rapper MV Bill

Foi para sua base de f�s na rede que lan�ou, na �ltima quinta (29), "O Soldado que Fica". � a primeira faixa do EP (disco com menos faixas do que um CD tradicional) "Vivo", que sair� em 2013.

"Sempre ficava quebrando a cabe�a. As m�sicas n�o tocavam nas r�dios, o clipe n�o tinha muita exposi��o na MTV e lan�ar uma m�sica acabava ficando complicado. Hoje, estou aprendendo a usar melhor as redes sociais", afirmou � Folha.

A entrevista ocorreu na quadra do bloco carnavalesco Coroado de Jacarepagu�, na Cidade de Deus (zona oeste do Rio). Foi nesse espa�o que Bill estreou nos palcos, numa festa junina em 1991, com o grupo Gera��o Futuro.

De l� para c�, muita coisa mudou na vida desse expoente do hip-hop. Vendeu muitos discos, criou a ONG Cufa (Central �nica das Favelas) e discutiu a coapta��o da juventude pelo tr�fico no document�rio "Falc�o - Meninos do Tr�fico" (2006).

Tamb�m assumiu as r�deas da carreira. "O 'Vivo' � o segundo disco que lan�o por meios pr�prios. Em vez de fazer um �lbum com 16, 18 faixas, decidi fazer oito. Prestei mais aten��o �s composi��es e tive mais contato com novos produtores."

Entre os colaboradores est�o Andr� Laudz, de Curitiba, que tem apenas 17 anos, e o DJ Gug, da Bahia.

Com Ma�ra Freitas, filha de Martinho da Vila, MV Bill divide os vocais em "Soldado que Fica". Segundo o rapper, a faixa � a mais emblem�tica do EP e d� continuidade a duas m�sicas anteriores: "Soldado do Morro", de 1998, que inspirou o filme "Falc�o", e "Soldado Morto".

A nova can��o ainda conta com a narra��o de telejornais sobre as ocupa��es policiais nas favelas cariocas.

"Muitos f�s me cobravam raps que falassem dessa realidade na primeira pessoa. Mas esse tipo de m�sica n�o d� para fazer na falsidade. At� porque a realidade que vivo hoje � diferente."

"Agora, a Cidade de Deus tem UPP [Unidade de Pol�cia Pacificadora], que n�o faz com o que o tr�fico de drogas deixe de existir, mas que aconte�a sem tanta morte."

Outra faixa usa a base de "Alegria, Alegria", de Caetano Veloso, para falar sobre TV. "Brincamos um pouco com a ditadura daquele per�odo, [para falar da] ditadura que ainda faz o rap sofrer."

"Estilo Vagabundo parte 3", traz um casal discutindo o relacionamento.

"E como o machismo n�o impera em mim na hora de escrever, a mina sai vencedora na porradaria", finaliza MV Bill, que � acompanhado nos shows por sua irm� Camila.

 

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