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VERÃO
Apenas apólices parciais excluem indenização de desastres naturais; é preciso pagar franquia
Seguro cobre danos de enchentes
DA REDAÇÃO
Nesta época do ano, uma das
cenas mais comuns é ver carros
flutuando em alagamentos. Passado o desespero inicial, o motorista não precisa se preocupar.
Praticamente todas as apólices de
seguro cobrem desastres naturais,
e quem não tiver o carro protegido pode cobrar o prejuízo do poder público.
As companhias entendem que
não é culpa do motorista ter ficado submerso. Mas, em geral, há
uma cláusula que exclui danos
causados por água salgada, uma
vez que é raro o mar invadir as cidades. Assim, ficaria caracterizado que o dono agiu de má-fé.
"Apenas o seguro parcial não
cobre alagamento, mas 95% dos
contratos são de seguro total
[contra colisão, incêndio e roubo
ou furto]", diz Luiz Pomarole, diretor do produto automóvel da
Porto Seguro. Quem tiver o veículo atingido por árvores e raios estará igualmente protegido.
"Há dias em que as oficinas não
dão conta de vistoriar os veículos
sinistrados", afirma Jorge Bento,
vice-presidente da sucursal paulista da SulAmérica. Segundo ele,
o alagamento é como um acidente
comum: é preciso avisar a seguradora da ocorrência do sinistro, fazer vistoria e até mesmo ter socorro do carro de apoio -quando
ele consegue chegar ao local.
Isso significa que também é preciso pagar franquia para arrumar
o veículo. Pomarole conta que,
nos modelos nacionais, o motor e
o estofamento são os mais atingidos. Nos importados, a parte elétrica sofre. "É importante fazer
uma perícia para saber se o carro
terá condições de uso depois."
Limpeza
Depois que as águas baixaram, é
preciso pensar na limpeza do carro, serviço que custa cerca de
R$ 350 e demora até cinco dias.
"Quanto mais rápido [limpar],
melhor", diz Gilberto Silva Bonfim, dono da Papa-léguas. O tempo piora o cheiro de mofo e aumenta a chance de oxidação.
Os tecidos dos bancos, as espumas e os carpetes devem ser retirados, limpos com bactericida e
secos antes de voltarem ao habitáculo. É bom ficar de olho na forração entre o carpete e a lataria: o
feltro é que concentra o desagradável cheiro de molhado.
Com ou sem seguro, ficam duas
dicas importantes para o motorista. Não subdimensione um alagamento -se estiver parado na beirada de um, é ali que deve estacionar e pedir ajuda. Se o carro
"morrer", não tente ligá-lo outra
vez. Isso só aumenta as chances
de ocorrer um calço hidráulico. E
aí o prejuízo será bem maior.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
Papa-léguas: 0/xx/11/3621-3353
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