DA REPORTAGEM LOCAL

Devagar e sempre. Esse é o lema que norteia o planejamento da Toyota. A fábrica calcula duas vezes antes de investir, mas não pára de tirar o dinheiro do bolso. E a estratégia dá resultado. Em termos mundiais, a marca -com uma linha enxuta de modelos- disputa a liderança com a General Motors. No Brasil, os balancetes mostram números azuis, feito conquistado pelas boas vendas do Corolla e de sua "irmã" Fielder.
Mas, para seguir nessa trajetória, a Toyota sabe que não pode se apoiar tanto num só produto. Por isso retorna ao país o jipão Hilux SW4. Sumido do mercado brasileiro por três anos, o carro passa a ser feito na planta argentina.
Custando a partir de R$ 140,8 mil, o Hilux SW4 terá versão única de motorização, a eletrônica 3.0 turbodiesel de 163 cavalos, com injeção direta "common-rail". Há também apenas uma versão de acabamento, a SRV, mas o câmbio está disponível na opção manual de cinco marchas ou automático de quatro. Porém foi descartada a produção de uma versão com tração só na dianteira.
Embora compartilhe a mesma plataforma com a picape Hilux, o SW4 tem distância entreeixos menor: são 2,75 metros, ante 3,08 m da "irmã". O chassi do jipe, entretanto, é igual ao do modelo do qual herdou a arquitetura, apesar de ter recebido um belo reforço para diminuir as torções.
Em 2006, a marca tem a expectativa ambiciosa de vender cerca de 10 mil unidades do modelo -cerca de 80% do mercado.

Fábrica
A Toyota decidiu que terá uma nova fábrica no Brasil. Ela estará operando em 2009. Ainda não foi escolhido o Estado, mas o poder dos sindicatos diminui a chance de São Paulo receber a planta.
No local, será feito um carro compacto (Yaris e Ractis são os mais cotados) e toda a sua família -que inclui um sedã e uma perua. O modelo de entrada, que será concorrente do Honda Fit, custará cerca de R$ 40 mil.
(LUCAS LITVAY)


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