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JACAREÍ
Acusado já teve problemas na corporação; sete policiais que faziam "bico" no Pão de Açúcar passam por averiguação
DIG pedirá prisão preventiva de PM
FREE-LANCE PARA A FOLHA VALE
O policial militar Flávio David
Martins Saquetti, 37, preso anteontem, em Itanhaém, litoral sul
do Estado, e mais sete policiais
que prestavam serviços ao supermercado Pão de Açúcar, de Jacareí, estão detidos na Corregedoria
da Polícia Militar, em São Paulo.
Saquetti, acusado de ser o mentor intelectual do assalto ao carro-forte da Protege no Pão de Açúcar, ocorrido na última quarta-feira e que causou a morte de cinco pessoas e feriu outras dez, deve
passar pelo menos quatro dias em
São Paulo prestando depoimento.
A polícia chegou ao PM após o
depoimento de Ronaldo dos Santos, o Wilber, preso na sexta-feira
em Diadema, na região do ABC
paulista. Ronaldo afirma que, um
dia antes do crime, o grupo reuniu-se na casa do policial para
acertar os detalhes da ação.
O acusado e os demais PMs faziam "bico", como seguranças no
supermercado de Jacareí.
Segundo o delegado-seccional
de São José dos Campos, que responde interinamente por Jacareí,
Roberto Monteiro de Andrade Júnior, apenas Saquetti é acusado de
participar do assalto ao supermercado. Os demais policiais respondem à acusação de fazerem
"bicos" no supermercado.
O PM estava de folga na noite do
assalto e não se reapresentou ao
trabalho no dia seguinte, o que fez
com que a PM destinasse uma
equipe para localizá-lo.
Saquetti integra os quadros da
PM há sete anos e, segundo a Polícia Civil, nunca se envolveu em
problemas na corporação.
"Já havia trabalhado com Saquetti e sempre o considerei um
excelente policial", afirma o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Jacareí, Vernei
Antônio de Freitas.
Já o coronel Nilton José da Silva,
do 41� batalhão da PM de Jacareí
afirma que Saquetti já teve "problemas" em Jacareí e chegou a ser
transferido para o litoral sul de
São Paulo, mas ele não soube informar a natureza do problema
-se seria uma questão administrativa ou um crime praticado na
cidade.
Saquetti pode permanecer, no
máximo, oito dias (até sábado)
detido na corregedoria para investigações administrativas. Depois, deve ser liberado.
Além de inquérito policial militar, Saquetti deve ser levado à DIG
de Jacareí para prestar depoimento sobre o assalto ao Pão de Açúcar. "Além de solicitar a demissão
do policial, vou pedir sua prisão
preventiva. Quanto aos demais
policiais, vamos averiguar se têm
envolvimento no crime e se estavam trabalhando no supermercado na ocasião", disse Freitas. Caso
ocorra a prisão, Saquetti deve ser
levado para o Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo.
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