da enviada especial

Os peixes da Amazônia exercem sobre os habitantes locais um fascínio que às vezes parece até um pouco místico.
Os amazonenses morrem de medo de encontrar, por exemplo, um candiru. O peixe, muito pequeno, teria capacidade de entrar no corpo do homem por qualquer orifício (como pênis e vagina) para comer seus órgãos internos, o que provocaria a morte. Por isso os amazonenses evitam nadar nus nos rios da região. E os homens não urinam na água, pois o peixinho, de no máximo seis centímetros, usaria o fluxo da urina como meio de transporte para adentrar no homem por meio de sua uretra.
As piranhas, mais famosas, devem ser temidas apenas pelos banhistas que têm algum machucado sanguinolento. As casquinhas de ferida não entram na sua lista de preferência. Já as mulheres menstruadas devem ter bastante cautela ao tomar banho de rio.
Melhor do que se amedrontar com os causos dos peixes amazônicos é se divertir com eles, por meio da pesca e/ou de uma bela refeição, por exemplo, de caldeirada de tucunaré ou de pirarucu à milanesax. (MV)


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