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Jacaré é estrela no foco da luz
da enviada especial
O termo focagem de jacarés não
é uma brincadeira de focas e répteis, como parece, mas uma incursão por rios e matas com o objetivo de apenas observar e/ou fotografar os animais.
No rio Negro, os programas
costumam acontecer à noite, horário em que os jacarés ficam fora
d'água. Porém muitos deles submergem ao som do barco e com a
luz da lanterna do guia, acompanhante que tem a função de segurar o jacaré e explicar a biologia
do animal aos citadinos.
Ao longe, quando são vistos pares de esferas vermelhas que brilham com o foco de luz, os olhos
dos jacarés, o motor do barco é
desligado e todos ficam quietos.
Nesse momento "cai a ficha" e o
urbanóide percebe que está no
meio da Amazônia. O ronco do
barco é substituído pelos sons de
anfíbios e insetos.
O céu, totalmente estrelado,
lembra o teto de um planetário
aos seres acostumados com a visão turva da metrópole. E as pessoas acostumadas a ver um pedacinho do firmamento entre duas
paredes de concreto têm uma vista inusitada, mais agradável à do
dia-a-dia.
Quando o barco chega perto do
jacaré, o guia, de supetão, agarra
com força o pescoço do réptil para fazer sua demonstração ao público. Nem sempre a empreitada
tem sucesso.
E atraído pela luz aparece um
outro animal, nem um pouco desejável: um inseto chamado caba,
cuja picada parece uma ferroada
de marimbondo.
Passado o susto, resta voltar à
caça (não literal) dos jacarés. Mas
o guia só consegue deter um filhotinho, mínimo, quase do tamanho de um lagarto. É fofo, mas
um pouco decepcionante para
quem pretendia observar enormes répteis no próprio habitat.
Para se consolar, o jeito é visitar
o zôo de Manaus para ver de perto
exemplares do animal.
(MV)
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