da enviada especial ao Amazonas

Percorrer o rio Negro num iate de luxo pode parecer um paradoxo se for levada em conta a rusticidade da vida existente ao largo desse caminho de águas. Mas para o turista essencialmente urbano, que possui boas condições financeiras, já não tem mais o espírito aventureiro da juventude e preza muito o seu conforto, esse é o meio perfeito para penetrar num meio virgem, primitivo e por isso mesmo desconhecido.
A jacuzzi com água cor de Coca-Cola -vinda diretamente do Negro-, o aparelho de TV e vídeo e a sauna dão ao morador da cidade a segurança de que ele precisa para não se sentir um pintinho molhado em meio à monstruosidade da floresta.
Algumas dessas comodidades podem irritar um pouco aqueles que procuram um encontro mais profundo com a natureza, como o ar-condicionado existente em cada ambiente interno do barco, que provoca um choque térmico no passageiro capaz de entupir constantemente o seu nariz.
Mas isso não passa de um mero detalhe para quem tem a possibilidade de usufruir da riqueza natural da região, aliando essa descoberta ao prazer do bem-viver.
Entre uma pesca e outra, o passageiro pode deitar numa espreguiçadeira para se bronzear à beira da jacuzzi, com um copo de uísque de um lado e uma porção de pirarucu frito do outro.
À tarde, pausa para banho de rio em uma das praias das brancas e verdes ilhas Anavilhanas, numa água tranquila, sem ondas muito fortes nem aquele sal, que, para muitos, fica grudando no corpo. Os mais esportivos ainda podem praticar esqui aquático ou simplesmente nadar.
Essa é a vida que levam os passageiros do iate Santana 1, que recentemente passou a ser fretado para turistas, seguindo a tendência de outros barcos da região com características semelhantes, embora menos luxuosos (veja preços no quadro abaixo).
Os roteiros feitos pelo barco podem ser escolhidos pelos turistas e variam entre tours de pesca, passeios com visitas a comunidades indígenas ou uma volta pelas ilhas Anavilhanas, entre outros.
Mais informações: http:// www.santanaecologica.com.br.



Texto Anterior: Anavilhanas podem virar parque
Próximo Texto: Amazônia: Pacotes
Índice