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Lagosta é principal prato turístico
DA ENVIADA ESPECIAL
Sopa de lagosta, empanada de
lagosta, lagosta fervida com folhas. Esses são alguns dos pratos
típicos da ilha Robinson Crusoé.
Quem gosta do crustáceo poderá se esbaldar lá. Uma empanada
recheada de lagosta custa 1.500
pesos, pouco mais de US$ 2.
Porém os locais não comem frequentemente o alimento, destinado à exportação, e só o saboreiam
em dezembro.
A pesca do crustáceo é feita com
uma caixa de madeira que tem
uma abertura em cima, por onde
a lagosta entra. No centro, um
peixe morto serve como isca. E no
lugar onde deveria ser a saída,
existe uma rede.
As lagostas capturadas viajam
dentro de caixas plásticas cheias
de água gelada nos mesmos
aviões que carregam os turistas
para Santiago. De lá, são exportadas para o mundo todo.
A diminuição da população de
lagostas levou a uma rígida legislação. A temporada de pesca dura
sete meses, e só podem ser capturadas lagostas com mais de 5 cm
entre a cabeça e o abdômen.
A preocupação tem motivo: registros de 1898 dizem que elas
chegavam a ter 1,20 de comprimento. Hoje em dia, essa medida
não ultrapassa 60 cm. A quantidade também caiu: em 1952 foram
capturadas quase 140 toneladas
de lagosta, contra 20 toneladas
pescadas no ano 2000.
As outras opções do cardápio
local são os siris e os pescados, alguns destes assados em braseiros
no chão. Os restaurantes apostam
em comidas simples feitas com
frutos do mar e folhas de árvores.
Os peixes aparecem grelhados
inteiros ou em filés fritos com
uma fina camada de farinha em
volta. Seviches (marinados com
temperos e limão) de peixes como
a breca, de carne clarinha e gosto
suave, também são constantes
nos cardápios.
Os amantes de carne têm que
esperar o aniversário do arquipélago ou o torneio de caça ao cabrito para comer um bife.
(HHL)
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