São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 2002

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Lagosta é principal prato turístico

DA ENVIADA ESPECIAL

Sopa de lagosta, empanada de lagosta, lagosta fervida com folhas. Esses são alguns dos pratos típicos da ilha Robinson Crusoé.
Quem gosta do crustáceo poderá se esbaldar lá. Uma empanada recheada de lagosta custa 1.500 pesos, pouco mais de US$ 2.
Porém os locais não comem frequentemente o alimento, destinado à exportação, e só o saboreiam em dezembro.
A pesca do crustáceo é feita com uma caixa de madeira que tem uma abertura em cima, por onde a lagosta entra. No centro, um peixe morto serve como isca. E no lugar onde deveria ser a saída, existe uma rede.
As lagostas capturadas viajam dentro de caixas plásticas cheias de água gelada nos mesmos aviões que carregam os turistas para Santiago. De lá, são exportadas para o mundo todo.
A diminuição da população de lagostas levou a uma rígida legislação. A temporada de pesca dura sete meses, e só podem ser capturadas lagostas com mais de 5 cm entre a cabeça e o abdômen.
A preocupação tem motivo: registros de 1898 dizem que elas chegavam a ter 1,20 de comprimento. Hoje em dia, essa medida não ultrapassa 60 cm. A quantidade também caiu: em 1952 foram capturadas quase 140 toneladas de lagosta, contra 20 toneladas pescadas no ano 2000.
As outras opções do cardápio local são os siris e os pescados, alguns destes assados em braseiros no chão. Os restaurantes apostam em comidas simples feitas com frutos do mar e folhas de árvores.
Os peixes aparecem grelhados inteiros ou em filés fritos com uma fina camada de farinha em volta. Seviches (marinados com temperos e limão) de peixes como a breca, de carne clarinha e gosto suave, também são constantes nos cardápios.
Os amantes de carne têm que esperar o aniversário do arquipélago ou o torneio de caça ao cabrito para comer um bife. (HHL)



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