|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ILHA DO TESOURO
Simpatia de mamíferos de 200 kg e observação de ouriços estimulam turistas a pular numa água de 17C
Lobos-do-mar saúdam os mergulhadores
DA ENVIADA ESPECIAL AO CHILE
Mergulhar em uma água com
temperatura em torno dos 17C
não parece algo convidativo. Mas,
se pular na água gelada significa
nadar com mamíferos aquáticos
de 200 kg, que, curiosas com a sua
presença, se aproximam e se exibem, a história muda um pouco.
Com grossas roupas de neoprene, os turistas que tiverem feito
curso de mergulho autônomo e
estiverem com a carteira de mergulhador lá podem ir aos pontos
chamados "loberias" e mergulhar
com os lobos-do-mar.
Os que não souberem usar as
garrafas de oxigênio não precisam ficar tristes: uma máscara,
um snorkel e o traje de neoprene
podem ser alugados na ilha e são
suficientes para que o turista brinque com os grandes mamíferos.
No entanto é preciso ser respeitoso e cumprir a única regra:
manter-se a, no mínimo, 50 cm de
distância dos animais.
A norma existe porque eles se
organizam em haréns. Um macho cuida de muitas fêmeas. Se o
lobo-do-mar vê um ser estranho e
grande como um homem se aproximar de uma de suas lobas, ele
pode ficar com ciúme e atacar.
Durante o mergulho é possível
ver ouriços de cerca de 40 cm de
diâmetro, uma variada flora subaquática, corais, peixes coloridos e,
claro, as abundantes lagostas.
As operadoras de ecoturismo
do local dão cursos de mergulho e
fotografia subaquática ali nas
praias. Ao redor da ilha há cerca
de 12 pontos de mergulho.
Quem não quiser entrar na água
pode ver os lobos marinhos de
perto de outro jeito, basta alugar
um caiaque e passear pela costa
da ilha. Nas pedras, o viajante poderá observar os lobos tomando
sol, dormindo, brincando, namorando e brigando por fêmeas. A
sensação é a de entrar num documentário sobre vida animal.
Caminhadores não podem esquecer a bota de trekking em casa.
Há muitas trilhas. Uma delas dura
cerca de cinco horas, duas para a
ida, uma de descanso e duas para
a volta, e leva ao mirante Selkirk.
Era lá que Alexander Selkirk possivelmente fitava o horizonte à espera de navios de resgate. Graças
ao relevo alcantilado, esse é um
dos únicos pontos em que se
vêem os dois lados da ilha.
A trilha não apresenta grandes
dificuldades e pode ser cumprida
mesmo por quem está fora de forma. Basta levar uma garrafa de
água, estar com roupas leves e um
sapato adequado para caminhar.
A lista vale para todas as trilhas.
A sola da bota deve ser boa, pois o
chão da ilha é formado por pedrinhas mínimas. Em subidas e descidas, essas pedrinhas rolam, podendo provocar um belo tombo.
Na mala não podem faltar ainda
uma pomada antiinflamatória e
um kit de primeiros socorros.
Operadoras de ecoturismo - Endemica: 00/xx/56/32/75-1077; www.endemica.com.
Archipielago: 00/xx/56/32/75-1030;
www.archipielagoexpediciones.cl.
Texto Anterior: Contos do local ainda têm presos e naufrágios Próximo Texto: Variedade de espécies estimula ecoturismo Índice
|