São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SEM GLOBALIZAÇÃO
No Refúgio Ecológico Caiman não há frigobar nem TV nos quartos e só existe telefone em uma das pousadas
Ausência de luxo ajuda a criar "clima"

DO ENVIADO ESPECIAL A MIRANDA

Turismo com preservação ambiental é o lema do Refúgio Ecológico Caiman, uma fazenda de 53 mil hectares localizada no município de Miranda (MS), a 236 km de Campo Grande.
Reunindo quatro pousadas que, juntas, comportam 70 hóspedes, o Caiman -cujo nome tem origem na designação científica do jacaré Caiman latirostris- é uma boa opção para quem deseja se aventurar entre a fauna e a flora do Pantanal sem ter de abrir mão do conforto e da lei do mínimo esforço.

Ambiente familiar
Todas as pousadas têm em comum o fato de serem relativamente pequenas, com apenas seis apartamentos cada uma (exceto a sede, com 11 apartamentos), o que permite a criação de um ambiente com um tom mais íntimo, quase familiar.
Uma grande mesa de jantar reunindo todos os hóspedes faz as vezes de um restaurante, e, em vez do tradicional hall, sofás aconchegantes ocupam o espaço, como em uma sala de estar.
A decoração procura manter o visual rústico do Pantanal. "Lancei mão de cores e materiais que caracterizam a paisagem do Pantanal para não alterar seu visual", afirma a decoradora Leila Teixeira Soares, responsável pelo "layout" das pousadas.
Talvez o grande charme do refúgio seja exatamente a ausência do luxo normalmente encontrado na maioria dos hotéis da sua categoria: não há frigobar nem TV nos quartos, e telefone, só em uma das pousadas.
A única exceção é para o ar-condicionado, imprescindível para quem não está acostumado ao clima quente da região. Assim, é perfeitamente possível desligar-se completamente das lembranças da "civilização", curtindo o que a natureza tem de melhor.

Passeios
Dentro do Pantanal -e portanto bem longe de qualquer cidade-, todos os passeios são organizados pelo próprio refúgio.
Para alcançar os lugares mais distantes da fazenda, é realizada uma espécie de safári fotográfico em um caminhão aberto batizado de "zebrão".
Nele é possível conhecer uma ampla área da fazenda e ver de perto diversos animais.
Um dos programas mais interessantes na região é a alimentação de jacarés, que chegam a poucos metros dos pés dos turistas, esperando comida.
À noite, os turistas saem para observar animais de hábitos noturnos, por exemplo, os lobinhos e as capivaras.
Outra opção é o passeio de barco pelo rio Aquidauana ou pelas baías da região. Vale a pena conferir o pôr-do-sol refletindo nas águas calmas das baías, além de observar de perto aves como o tuiuiú, símbolo do Pantanal.
Para quem tiver um pouco mais de pique -e de coragem-, é possível ainda cavalgar ou simplesmente fazer caminhadas por diversas trilhas que permitem um contato ainda mais próximo com a fauna e a flora da região.
(CÁSSIO AOQUI)


Texto Anterior: Sem globalização: Aproveite as cheias para ir ao Pantanal
Próximo Texto: Pacotes
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.