DA REPORTAGEM LOCAL

Trabalhos manuais, como lembrancinhas e confecção de convites, ainda estão presentes na cultura do casamento e oferecem lucro médio de R$ 2.000.
"O setor cultiva algumas tradições e isso ajuda o pequeno empreendedor na hora de se especializar, pois, geralmente, os casais procuram a mesma coisa", explica Wilson Vieira Júnior, 25, organizador da Noivas Fest.
A feira de casamentos acontece em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), entre os dias 30 de agosto e 3 de setembro.
Para Ana Paula de Almeida Ávila, 21, sócia em uma pequena empresa que faz convites e lembranças, o que era um passatempo da mãe e de uma amiga acabou virando o ganha-pão da família. "Meu pai perdeu o emprego, e hoje nós sustentamos a casa."
A especialização foi tanta que, atualmente, elas oferecem até o serviço de um cerimonialista. "Trata-se de uma pessoa que acompanha a noiva durante todo o dia do casamento, prestando assessoria e resolvendo problemas."
Pelo serviço de cerimonialista, pagam-se R$ 100 para a igreja e R$ 100 para a festa.
Em um mês, as empresárias conseguem tirar R$ 2.000 e têm lucro de 90%. "É um trabalho artesanal e não requer gastos altos."

Lembrança simples
Para a empresária Andréa Alves Andrade, 33, sócia da Doce Lembrança, a crise econômica faz com que os noivos escolham lembranças e convites mais simples do que antigamente. "Mesmo assim, ainda acredito que seja possível lucrar no setor com bastante criatividade e disposição", afirma.
Fazer caligrafia em convites e confeccionar lembranças de casamento sempre foram um hobby para Andréa. Como queria mudar de ramo -ela trabalhava com telefonia-, decidiu se profissionalizar. Os investimentos para começar foram de R$ 2.500, e a empresa movimenta R$ 4.000, com lucro que chega a 60%.