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OPORTUNIDADE
Empresária chega a lucrar mais de R$ 17 mil alugando roupas para casamentos; dica é desenhar modelos
Recessão aumenta procura por aluguel
DA REPORTAGEM LOCAL
Guardar o vestido de noiva no
armário por muitos anos virou
coisa do passado. Hoje, a moda é
alugar, aumentando as oportunidades de negócio para os pequenos empresários que têm a partir
de R$ 20 mil para investir.
"Cerca de 90% das noivas e madrinhas, que procuram minha loja, estão em busca de roupas para
alugar", comenta Bia Wong Ma,
50, sócia da Stylo & Classe.
Apesar de não comprarem o
vestido, as noivas preferem modelos inéditos e do jeito que sempre sonharam. "A saída, nesses
casos, foi criar uma taxa para o
primeiro aluguel, quando a noiva
paga um pouco mais por um modelo exclusivo", diz Bia.
A empresária, que era professora de português, investiu cerca de
R$ 20 mil na loja. "Só tive retorno
financeiro depois de cinco anos.
Por isso é bom ter paciência para
se dedicar ao setor."
Hoje, Bia tem um faturamento
bruto de R$ 50 mil, com lucro médio de 35% (cerca de R$ 17 mil). A
loja oferece 3.500 peças, entre vestidos de festa e smokings.
O preço do aluguel varia de R$
100 a R$ 5.000. "Alugo cinco vestidos de noiva por semana, uma
média boa para o setor."
Para Bia, que está no ramo de
aluguel de roupas para casamento
há dez anos, as lojas devem se
preocupar em não parecer um
"brechó". "É preciso estar em sintonia com os lançamentos e renovar constantemente o estoque."
Alfaiate
Para Sandro Menegon, 29, um
dos sócios da Fashion Aluguel de
Trajes, o segredo do negócio é ter
um alfaiate ou uma costureira de
confiança. "Não adianta entrar de
cabeça no negócio sem ter alguém
bom para produzir os modelos."
Menegon, que é sócio do alfaiate
Braziliano Tomazini, 58, diz que o
fato de o sócio já ser do setor ajudou muito no negócio. "Ele já tinha clientes e nome na praça."
Na loja de Menegon, existem
cerca de 500 trajes para serem alugados. Os preços variam de R$
100 a R$ 5.000, entre roupas masculinas e femininas.
O proprietário conta que fez um
investimento de R$ 30 mil, quando montou a loja, há dois anos. O
faturamento hoje é de R$ 18 mil,
com lucro de 50%.
Homens
Quem nunca pensa em comprar
o traje para o dia do casamento
são os homens. "Eles seguem os
conselhos da noiva ou da mãe e
acabam não tendo autonomia para decidir o que querem usar", comenta Oswaldo Muller, 46, sócio-diretor da Maximus Rigor.
Pensando nisso, a loja elaborou
um guia para ajudar o noivo na
hora da escolha da roupa. "Criamos um diferencial e conseguimos atrair mais clientes", diz.
Segundo Muller, que investiu
US$ 150 mil na compra de uma loja que já existia, os investimentos
no setor costumam ser de R$ 20
mil para quem começa do zero.
Muller diz que se aventurou no
setor porque sua mulher trabalha
com moda e já tinha algum conhecimento do ramo. "Antes de
tudo, é importante estudar a área
e determinar quem será o público
da loja", explica.
Hoje, um ano após a compra,
ele fatura R$ 15 mil e diz não ter
lucro. "Minha sorte é que tenho
emprego em um banco e posso
passar alguns meses no vermelho,
diferentemente de empresários
que quebram logo nos primeiros
meses. O lucro é, sem dúvida, a
médio e longo prazo", completa.
Fashion: 0/xx/11/6996-6378; Maximus
Rigor: 0/xx/11/5051-0173; Stylo &
Classe: 0/xx/11/6950-2103.
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