São Paulo, domingo, 28 de maio de 2000



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OPORTUNIDADE

Empresária chega a lucrar mais de R$ 17 mil alugando roupas para casamentos; dica é desenhar modelos

Recessão aumenta procura por aluguel

DA REPORTAGEM LOCAL

Guardar o vestido de noiva no armário por muitos anos virou coisa do passado. Hoje, a moda é alugar, aumentando as oportunidades de negócio para os pequenos empresários que têm a partir de R$ 20 mil para investir.
"Cerca de 90% das noivas e madrinhas, que procuram minha loja, estão em busca de roupas para alugar", comenta Bia Wong Ma, 50, sócia da Stylo & Classe.
Apesar de não comprarem o vestido, as noivas preferem modelos inéditos e do jeito que sempre sonharam. "A saída, nesses casos, foi criar uma taxa para o primeiro aluguel, quando a noiva paga um pouco mais por um modelo exclusivo", diz Bia.
A empresária, que era professora de português, investiu cerca de R$ 20 mil na loja. "Só tive retorno financeiro depois de cinco anos. Por isso é bom ter paciência para se dedicar ao setor."
Hoje, Bia tem um faturamento bruto de R$ 50 mil, com lucro médio de 35% (cerca de R$ 17 mil). A loja oferece 3.500 peças, entre vestidos de festa e smokings.
O preço do aluguel varia de R$ 100 a R$ 5.000. "Alugo cinco vestidos de noiva por semana, uma média boa para o setor."
Para Bia, que está no ramo de aluguel de roupas para casamento há dez anos, as lojas devem se preocupar em não parecer um "brechó". "É preciso estar em sintonia com os lançamentos e renovar constantemente o estoque."

Alfaiate
Para Sandro Menegon, 29, um dos sócios da Fashion Aluguel de Trajes, o segredo do negócio é ter um alfaiate ou uma costureira de confiança. "Não adianta entrar de cabeça no negócio sem ter alguém bom para produzir os modelos."
Menegon, que é sócio do alfaiate Braziliano Tomazini, 58, diz que o fato de o sócio já ser do setor ajudou muito no negócio. "Ele já tinha clientes e nome na praça."
Na loja de Menegon, existem cerca de 500 trajes para serem alugados. Os preços variam de R$ 100 a R$ 5.000, entre roupas masculinas e femininas.
O proprietário conta que fez um investimento de R$ 30 mil, quando montou a loja, há dois anos. O faturamento hoje é de R$ 18 mil, com lucro de 50%.

Homens
Quem nunca pensa em comprar o traje para o dia do casamento são os homens. "Eles seguem os conselhos da noiva ou da mãe e acabam não tendo autonomia para decidir o que querem usar", comenta Oswaldo Muller, 46, sócio-diretor da Maximus Rigor.
Pensando nisso, a loja elaborou um guia para ajudar o noivo na hora da escolha da roupa. "Criamos um diferencial e conseguimos atrair mais clientes", diz.
Segundo Muller, que investiu US$ 150 mil na compra de uma loja que já existia, os investimentos no setor costumam ser de R$ 20 mil para quem começa do zero.
Muller diz que se aventurou no setor porque sua mulher trabalha com moda e já tinha algum conhecimento do ramo. "Antes de tudo, é importante estudar a área e determinar quem será o público da loja", explica.
Hoje, um ano após a compra, ele fatura R$ 15 mil e diz não ter lucro. "Minha sorte é que tenho emprego em um banco e posso passar alguns meses no vermelho, diferentemente de empresários que quebram logo nos primeiros meses. O lucro é, sem dúvida, a médio e longo prazo", completa.


Fashion: 0/xx/11/6996-6378; Maximus Rigor: 0/xx/11/5051-0173; Stylo & Classe: 0/xx/11/6950-2103.




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