Ribeirão Preto, Sexta, 27 de agosto de 1999

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Defesa diz que houve cilada

da Folha Ribeirão

A defesa dos policiais civis vai alegar que eles caíram em uma "casa de caboclo", ou melhor, foram atraídos para uma cilada.
A expressão típica do meio policial é sinônimo de traição, mas tanto entre policiais como em relação a criminosos e agentes.
"Eles haviam investigado o comerciante (que fez a denúncia) e sofreram uma retaliação. Caíram em uma casa de caboclo", disse o advogado Gilberto França, que vai defender três dos quatro investigadores acusados.
Os policiais acabaram presos após denúncia do comerciante Silvio Luiz da Silva, que estaria sendo obrigado a dar dinheiro a eles para não ser detido.
Silva responde por estelionato, segundo a Delegacia Seccional.
O advogado não deve pedir, por enquanto, à Justiça que anule a prisão temporária dos investigadores. "Vou esperar a poeira baixar um pouco", disse.
No pedido de prisão temporária, a Promotoria alegou que os investigadores, em liberdade, poderiam pressionar testemunhas.
Segundo o advogado, dois dos policiais foragidos -Homério Trittoli e José Carlos Moraes- vão se apresentar à polícia hoje.
O prazo da prisão temporária se esgota em cinco dias, a contar de ontem, mas é possível que haja pedido de adiamento. "É um caso complexo", disse o delegado-seccional Alexandre Jorge Daur.
Trittoli, que foi exonerado da polícia, vai pedir seu retorno à instituição por meio da Justiça.



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