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Defesa diz que houve cilada
da Folha Ribeirão
A defesa dos policiais civis vai
alegar que eles caíram em uma
"casa de caboclo", ou melhor, foram atraídos para uma cilada.
A expressão típica do meio policial é sinônimo de traição, mas
tanto entre policiais como em relação a criminosos e agentes.
"Eles haviam investigado o comerciante (que fez a denúncia) e
sofreram uma retaliação. Caíram
em uma casa de caboclo", disse o
advogado Gilberto França, que
vai defender três dos quatro investigadores acusados.
Os policiais acabaram presos
após denúncia do comerciante
Silvio Luiz da Silva, que estaria
sendo obrigado a dar dinheiro a
eles para não ser detido.
Silva responde por estelionato,
segundo a Delegacia Seccional.
O advogado não deve pedir, por
enquanto, à Justiça que anule a
prisão temporária dos investigadores. "Vou esperar a poeira baixar um pouco", disse.
No pedido de prisão temporária, a Promotoria alegou que os
investigadores, em liberdade, poderiam pressionar testemunhas.
Segundo o advogado, dois dos
policiais foragidos -Homério
Trittoli e José Carlos Moraes-
vão se apresentar à polícia hoje.
O prazo da prisão temporária se
esgota em cinco dias, a contar de
ontem, mas é possível que haja
pedido de adiamento. "É um caso
complexo", disse o delegado-seccional Alexandre Jorge Daur.
Trittoli, que foi exonerado da
polícia, vai pedir seu retorno à
instituição por meio da Justiça.
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