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FÁBIO SOARES
Por mais um acidente
O Botafogo hoje na
final do Paulista é um acidente. Soa hostil, mas é a verdade. Sem destaques individuais
ou coletivos, dono de uma campanha razoável, acabou indo
longe demais. É um azarão como não se via na decisão estadual desde 1989, quando o São
José enfrentou o São Paulo.
O clube de Ribeirão Preto soube sim aproveitar o regulamento ganhando cinco pontos preciosos nas disputas de pênaltis,
mas é modesto em índices como
aproveitamento de passes, desarmes e total de finalizações.
Precisando vencer, o Botafogo
tem uma eficiência de 37,3%
nas finalizações, a sexta pior durante a fase de classificação.
Apesar de ter igualmente uma
campanha irregular, o Corinthians tem, entre os 16 participantes, o melhor aproveitamento em passes e bolas perdidas e a
segunda melhor eficiência nas
finalizações.
A numeralha perde a importância no momento do "pega
pra capar", a Ponte Preta que o
diga, porém a equipe da capital
sobra em mais dois pontos fundamentais: camisa e jogadores
com capacidade de desequilibrar, o Santos que o diga.
Os ares de Ribeirão Preto vivendo um final de semana de
metrópole, no entanto, são uma
vantagem concreta inconteste
ao Botafogo. Apesar da previsível invasão corintiana ao Santa
Cruz hoje, a parcela botafoguense vai influenciar hoje como não será possível na finalíssima do Morumbi, no próximo
domingo.
Por fim, apesar de ser a zebra,
o técnico Lori Sandri deve fazer
de Geninho, do meu Santos,
uma lição de como não se portar
como pequeno, que depois de reverter todas as desvantagens jogou tudo para o alto em bicões
desgovernados. Pela postura
anunciada, de jogar nos contra-ataques, é querer que a vitória
venha em mais um acidente de
percurso.
E-mail fluiz@folhasp.com.br
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