da Folha Ribeirão

A dona-de-casa Creusa Aparecida Dezza enfrenta todos os dias um trabalho que poucos gostariam de assumir recebendo um salário no fim do mês.
Voluntária, Creusa ajuda os cinco funcionários da Eugênia Vilhena de Morais a manter a escola em funcionamento.
Mãe de uma aluna, ela afirma que resolveu ir para a escola se oferecer como voluntária porque não espera que "as soluções caiam do céu".
Na escola, Creusa já fez de tudo um pouco. Ajudou na secretaria nas matrículas, conseguiu tintas para pintar o prédio, cuida da limpeza dos corredores e pátio e inspeciona os alunos.
"A defasagem é grande e sei que faço as vezes de funcionário", diz. No ano passado, ela e outro pai de aluno da escola conseguiram acompanhamento psicológico para estudantes mais agressivos.
A preocupação com a violência e o consumo de drogas é que merece maior atenção de Creusa.
Seu envolvimento com a escola começou há dois anos quando participou do conselho de pais. "Sou professora também e percebi a necessidade da escola", afirma. Atualmente, Creusa está sem turma para ensinar.
Sua intenção é levar a experiência da Eugênia Vilhena de Morais para outras escolas.
Neste ano, ela se inscreveu no programa Amigos da Escola e pretende conhecer outros voluntários para compartilhar experiências em Ribeirão.


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