Ribeirão Preto, Sábado, 12 de Fevereiro de 2000


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FUTEBOL
Waldonier, irmão mais velho do técnico da seleção brasileira, vai treinar o CAT, de Taquaritinga, onde já é grande atração
Luxemburgo, o outro, é destaque na B1-A


MARCELO TOLEDO
enviado especial a Taquaritinga

O irmão de Wanderley Luxemburgo, técnico da seleção brasileira de futebol, é a grande atração na cidade de Taquaritinga.
Waldonier, 49, é o irmão mais velho do treinador e vai comandar o CAT (Clube Atlético Taquaritinga) na Série B1-A (equivalente à quarta divisão) do Campeonato Paulista deste ano.
As comparações com o irmão famoso são inevitáveis na cidade. "Eu já esperava e sempre convivi com isso, mas até o esquema tático é diferente. O Wanderley é mais disciplinador", disse.
Pery, apelido de infância do treinador, foi auxiliar do Vitória (ES) nos dois últimos anos. Nunca foi treinador profissional. "Sempre joguei nos amadores e fui técnico de amadores."
Mesmo assim, acredita que vá fazer um bom trabalho. "O futebol é igual em qualquer lugar."
Dono de uma gráfica, que deixou sob comando dos filhos em Vitória, Pery chegou ao clube por meio de um empresário capixaba, que assumiu o controle do departamento de futebol do CAT.
"Prefiro ser treinador da quarta divisão em São Paulo do que da primeira no Espírito Santo."
O Taquaritinga está passando por um processo de esquecimento. O time já disputou nos anos 90 a Série A-1 do Campeonato Paulista, mas amarga atualmente a B1-A. Em 99, foi o lanterna da A-3 e foi rebaixado.
A contratação do irmão do técnico da seleção é uma jogada da diretoria com o objetivo de fazer ressurgir o futebol na cidade.
A medida deu resultado em Taquaritinga. Os torcedores estão contentes com a contratação de Pery. "Mas se o time não for bem, não adianta que a torcida não vai ao estádio", disse o aposentado Antonio Andrade Neto, 63.

Diferenças
Ao contrário do irmão famoso, que convive com atletas milionários e fica hospedado nos melhores hotéis do mundo, Pery está passando por um difícil começo.
O hotel em que está hospedado, na região central da cidade, cobra uma diária de R$ 10 e seu time conta apenas com dez jogadores.
"Na segunda-feira devem chegar mais alguns", disse o presidente Valdevir Bussadori.
"Eu pretendo trabalhar com um grupo de 18 atletas profissionais e mais alguns da categoria júnior", disse Pery.


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