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TELEFONIA
Sindicato já prevê que parte dos funcionários deverá aderir à demissão voluntária em Ribeirão
PDIV da Ceterp amplia incentivos
da Folha Ribeirão
A Telefônica, nova proprietária
da Ceterp, apresentou ao sindicato dos telefônicos a proposta final
para o PDIV (Plano de Demissão
Incentivado e Voluntário), que
vai ser implantado na semana que
vem, incluindo novos incentivos
em relação aos apresentados na
última terça-feira.
O sindicato, que continua sendo
contra a demissão voluntária, já
admite que grande parte dos servidores da empresa poderá aderir
ao plano da Telefônica.
Apesar de não revelar quantos
funcionários pretende desligar da
Ceterp, o corte poderá chegar a
69% dos 1.100 contratados -ou
758 servidores -, se for mantido
o mesmo índice de trabalhadores
por terminal em serviço da Telesp, por exemplo.
Benefícios
Além da proposta de pagamento antecipado de remuneração,
verbas rescisórias e outras garantias até setembro, a empresa apresentou duas novas vantagens.
A primeira é o pagamento, por
tempo de serviço, de 33% do salário mensal por ano trabalhado,
para quem tem até dez anos de
empresa, e de 50% do salário
mensal por ano trabalhado para
pessoas com mais de 11 anos de
casa, considerado como tempo
trabalhado até setembro.
A segunda proposta é o pagamento de 20% da remuneração
mensal por cada ano acima de 45
anos de idade do funcionário.
A Telefônica mantém a estabilidade dos funcionários até setembro próximo, embora o sindicato
exija o cumprimento de uma lei
aprovada pela Câmara, cuja validade está sendo questionada na
Justiça, que garantia o emprego
até setembro de 2002.
O diretor regional do sindicato
dos telefônicos, José Roberto Silva, disse que muitos funcionários
da Ceterp poderão se sentir "seduzidos" a aderir ao plano.
"Estamos orientado para que as
pessoas não ajam com precipitação", disse o diretor regional.
Segundo ele, a validade da estabilidade até 2002 é o principal
ponto de luta para quem não aderir ao plano.
"Somos contra qualquer tipo de
demissão. Vamos contratar advogados para manter nosso emprego até 2002, mas não podemos garantir vitória", disse.
Uma assembléia foi marcada
para a próxima quinta-feira pelo
sindicato.
O atendente de serviços Almir
Soares Ramos, 28, que trabalha há
oito anos da Ceterp, disse que não
pretende tomar nenhuma decisão
precipitada e crê que a Telefônica
poderá oferecer novas vantagens.
"As vantagens oferecidas até
agora para mim, que ganho cerca
de R$ 870 por mês, são poucas.
Seria melhor se eu pudesse ficar
com o emprego em vez de aderir
ao plano", disse o servidor.
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