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CLIMA
Mais 11 casas foram interditadas pela Defesa Civil e correm risco de desabar em Franca
Chuva derruba casas e desabriga 15 famílias
free-lance para a Folha Ribeirão
do enviado especial a Franca
Três casas desabaram e outras
11 foram interditadas e correm o
risco de ruir no bairro Moreira Júnior, em Franca, em razão das
chuvas. No total, 15 famílias estão
desabrigadas na cidade.
A primeira das moradias começou a ruir na terça-feira, na rua
Clotilde Marchi Salmazzo.
As fortes chuvas e o solo de
Franca (de arenito bauru) são os
principais motivos do desabamento dos imóveis, segundo o
engenheiro civil Clóvis Ribeiro
Guimarães, da Secretaria dos Serviços Urbanos e Rurais.
"Hoje (ontem), conseguimos
controlar o desmoronamento. O
solo é muito frágil e algumas
construções antigas foram feitas
sem critério técnico."
O índice pluviométrico na cidade atingiu nos 11 primeiros dias
deste mês 163 milímetros, contra
79 milímetros no mesmo período
no ano passado.
Em janeiro, quando as chuvas
foram de 563 milímetros (contra
239 milímetros em 99), três famílias já haviam sido retiradas de
suas casas por risco de desmoronamento em Franca.
De acordo com Guimarães, o
ponto de desabamento no Jardim
Dermínio é uma voçoroca em
"nascimento". "Precisamos conter o avanço dela", disse.
Em Franca, são cerca de 30 voçorocas (desmoronamentos causados por erosão), que deixam 50
famílias em situação de risco.
A prefeitura está recuperando
apenas uma, a do Jardim Líbano,
cuja obra está consumindo R$
500 mil, segundo Guimarães.
Para as obras em outros dois
bairros, são necessários R$ 6 milhões. "Não temos recursos."
A cidade tem uma camada de
argila de cerca de cinco metros
abaixo do solo, o que faz com que
a terra pareça "gelatina", provocando o deslizamento, de acordo
com o engenheiro civil.
A Defesa Civil de Franca montou um esquema para atender as
vítimas.
Quatro famílias estão em um ginásio e as outras foram encaminhadas para casas providenciadas
por assistentes sociais.
Recursos
Segundo o secretário da Cidadania, Valdir Barbosa, o prefeito
Gilmar Domicini (PT) deve ir a
Brasília hoje para pedir recursos.
O pedreiro Carlos Alberto Carvalho, 29, que teve sua casa destruída pela erosão, disse que há
um ano o local está estranho.
"Quem está em casa pula quando
passa um caminhão na rua."
Segundo o aposentado João Antônio da Silva, 54, a imobiliária
que loteou o bairro ainda não efetuou obras de infra-estrutura.
Em Ribeirão, a concessionária
Luwasa e a prefeitura fizeram um
acordo para resolver o problema
de enchentes na avenida Francisco Junqueira, em seu principal
ponto de alagamento.
As obras incluem o levantamento de uma das paredes do
córrego (que são de 60 centímetros a 1 metro menores que do outro lado) e melhorias na rede.
No ano passado, 160 carros da
concessionária foram danificados
pelas chuvas, segundo o proprietário César Wadhy. "O prejuízo
foi grande", afirmou.
A prefeitura informou que no
passado a concessionária desviou
o trajeto do córrego, o que contribuiu para os alagamentos.
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