São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2000


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A correspondência entre Mário de Andrade e Manuel Bandeira
Nosso hino de brasilidade

SERGIO MICELI

para Davi

Eis um extraordinário documento a respeito da vida intelectual brasileira. Em 1922, quando se inicia a correspondência, o autodidata Mário de Andrade (1893-1945), único escritor da primeira geração modernista sem o título de bacharel em direito, ensinava no Conservatório Musical de São Paulo, enquanto o também autodidata Manuel Bandeira (1886-1968), forçado a interromper o curso de arquitetura pela tuberculose que lhe consumiria muitos anos de tratamento, vivia do montepio público que lhe deixara o pai engenheiro, cada qual com dois livros de versos. Afora essas fortuitas coincidências, que os situavam à margem dos prumos de carreira dos companheiros de idade e posição social, várias afinidades soldavam a empolgante amizade que souberam cultivar a despeito de eventuais desacertos.

Sintonias de largo espectro
Ambos se conservaram solteiros por toda a vida adulta, embora tivessem enfrentado tal condição em meio a circunstâncias radicalmente distintas. Mário, ex-aluno dos Maristas, outrora congregado mariano, seguidor de procissão e carola convicto, fora se deixando arrastar pelo "partido" das mulheres da família com as quais residia -a mãe, a tia-madrinha, a preta Sebastiana, a irmã mais nova-, afastando-se do pai, do avô provedor, e diferenciando-se do irmão mais velho que se dedicou à política e à gestão do patrimônio familiar.
Após dez anos de cuidados com a saúde, ao longo dos quais foi adquirindo um cabedal literário invejável, Bandeira perdera a irmã, a mãe, o pai, o irmão, se bem que nunca se apartasse da adorada figura paterna, que reponta a cada instante, modelo de profissional e homem culto, alegre e brincalhão, mediador mágico de tesouros prosaicos.
A solteirice lhes infundiu ainda certa atitude espaçosa diante dos outros, como que buscando sorver tudo de bom que se lhes apresentava, espicaçando em Mário voracidade aquisitiva e premência de grana para fazer frente a despesas com viagens, livros, roupas e obras de arte, enquanto estimulava em Bandeira uma ascese sofisticada, cujo requinte consistia em obter o máximo de deleite com parco desembolso.
Mário pianista e Bandeira tocador de violão eram melômanos assumidos, trocavam dicas sobre discos e partituras, frequentavam concertos e temporadas líricas, curtiam compositores populares e eruditos (Villa-Lobos é um dos astros do panteão) e ficavam excitados quando seus versos eram musicados. Outro engate nesse fascínio residia na relação tumultuada, cada qual de um jeito, com o corpo e a doença, com a memória afetiva dos mortos -Mário perdera o irmão mais moço em 1913, o filho paparicado e cheio de atrativos, bonito, claro, quase o oposto dele, "feio como o diabo" e mulato de feições carregadas, tendo desde então reforçado o quanto se sentia responsável com o travo de haver sido culpabilizado.
Enquanto Mário, fumante inveterado, se queixava de incômodos psicossomáticos, acidentando-se amiúde, prostrado por gripes e ressacas, Bandeira viveu muito tempo acossado pelo fantasma de recaídas no pulmão. Mário parecia estar sempre correndo atrás do prejuízo, com frequência auto-infligido, e Bandeira ia aos poucos assumindo atitude de contenção, abstendo-se de excessos no trabalho, à mesa ou na farra.
A admiração recíproca desaguava com ímpeto no terreno da criação intelectual. Mário era siderado pelos dons do amigo experiente: traquejo lírico, técnica apurada de garimpo vocabular, manejo do ofício poético, domínio da história literária, ouvido certeiro para a musicalidade do verso, "naturalidade" ao burilar materiais pedestres. Bandeira, por sua vez, logo se deu conta dos trunfos de Mário como intelectual renovador -poderio criativo, capacidade de iniciativa e sobretudo os "trezentos e cinquenta" nichos de seus afazeres. Era o talento anunciador de coordenadas emergentes no interior de um campo intelectual em condições efervescentes de transformação.
A despeito da consciência de seus dotes excepcionais e da presença avassaladora, Mário buscou direcionar o diálogo epistolar com Bandeira para a troca de juízos sobre a produção literária deles, como se quisesse equilibrar forças e adestrar suas manhas nesse riscado. Bandeira entrava no jogo, mas procurava tirar daí, com elegância, muita franqueza e, sem forçar a mão, o máximo de proveito dos saberes polivalentes do parceiro. A simetria dessas percepções se complementava pela progressiva afirmação de ambos, quer como escritores, quer como lideranças culturais. Para além dos chamegos e das peculiaridades de percurso, Mário e Bandeira conquistaram posições homólogas de destaque naquela conjuntura por conta de se movimentarem a cavaleiro das panelas literárias atuantes no eixo Rio-São Paulo. Aliás, eram os primeiros a admiti-lo, a interação fluía bem melhor pelo correio do que nos encontros ao vivo, aos quais se seguiam por vezes cruas observações de parte a parte, sendo o período vivido por Mário no Rio de Janeiro um dos mais ardidos do relacionamento.

Ricaços e letrados
As cartas oferecem um ponto de vista privilegiado ao contraste de experiências singulares de sociabilidade, cujos efeitos repercutiram tanto nos espaços de liberdade abertos aos riscos da experiência amorosa como na subsequente reconversão em trabalho literário. Ao longo da década de 20, Mário participou com entusiasmo do trem de vida dos amigos "ricaços", podendo-se sequenciar altos e baixos de seu metabolismo emocional e criativo em função do calendário de compromissos mundanos.
A intimidade com figuras de proa da elite paulista foi engendrando tensões em cujo urdimento se misturavam desassossego existencial, ressentimento social e amargura afetiva. Apesar de frequentemente convidado para jantares, chás e recepções em casa de Paulo Prado, Olívia Guedes Penteado, Tarsila do Amaral, sentia-se desconfortável diante das diferenças materiais, deprimido pela ritmação do ócio e pelo uso do tempo característicos de rentistas despreocupados, a maioria dos quais não exercia um trabalho regular. Acrescente-se nesse jorro de emoções descompassadas a percepção doída de que jamais poderia vir a ser um parceiro erótico disputado pelos grã-finos. Inclusive as dificuldades que foram entravando o relacionamento com Oswald, acirrando-se após o noivado comTarsila em 25, provinham dessa disparidade de cacifes.
A situação de Mário era tanto mais acabrunhante por não se tratar de um destituído. Tendo adquirido sua formação cultural sob a chancela do imaginário curioso e pouco convencional de uma família de classe média instruída, algo excêntrica, bem posta e ciosa de seus encantos, o Mário conviva podia avaliar o descarte que o atingia. Revidando as lamúrias desse embaço, Bandeira aconselhou-o a preservar certa autonomia, depreciou os figurões em relação aos quais Mário recalcava sua hostilidade, em especial o "falso mecenas" Paulo Prado, cuja "prosa prefacial" ao "Bois du Brésil" de Oswald é tachada de "cafesista" e, por fim, incensou o nativismo "Ibirapitanga" do amigo em detrimento da importação poética praticada por Oswald e Sergio Milliet, afiançados pela matriz técnica de Cendrars. Não obstante, o acesso aos "ricaços" paulistas garantiu a Mário trunfos indispensáveis ao desempenho futuro de funções políticas de relevo em âmbito estadual.
Já a sociabilidade de Bandeira se nutria do convívio com os companheiros de vida intelectual e jornalística, aos quais se juntavam figuras boêmias de suas noitadas, personagens do bairro, amizades remanescentes do círculo familiar e a lista mozartiana de namoradas. E quando alguns dos amigos do peito se casavam, Bandeira passava a frequentar suas residências: estadias com Ribeiro Couto e Menina em Pouso Alto; visitas a Prudente de Morais Neto e Iná; jantares das quintas em casa de Eugênia e Alvaro Moreyra. Enquanto Mário fazia prolongados retiros na fazenda do tio em Araraquara, Bandeira passava férias de verão em algum hotel mediano de Petrópolis, onde recuperava energias enfurnado numa rotina de leituras que não conseguia manter com idêntico rigor no Rio. Mário circulava como "avis rara" num mundo de elite acima de suas posses, e Bandeira mais exposto ao cotidiano dos vizinhos humildes. Mário aprendia por conta das trombadas, e Bandeira pelo treino diuturno segundo os mandamentos do "último poema" -vida prosaica, emoção embargada e alumbramento.
No tocante à sociabilidade literária, Mário e Bandeira foram articulando seus respectivos círculos de influência -o primeiro manobrando Alcântara Machado e Couto de Barros (seus correligionários no Partido Democrático), tocando a "Revista Nova", o segundo dando alento à parceria de Prudente de Moraes Neto e Sergio Buarque de Holanda na revista "Estética", ambos guardando distância das militantes facções conservadoras já constituídas, a "frente unida" de Ronald de Carvalho, Renato Almeida e Graça Aranha no Rio, ou o grupo dos irmãos-poetas Guilherme e Tácito de Almeida e Rubens Borba de Moraes em São Paulo.
Mário e Bandeira conseguiram driblar as intrigas plantadas pelo bairrismo paulista e carioca e minorar os efeitos nefastos do grupismo pelo diálogo com estreantes de outros estados -Carlos Drummond de Andrade, Augusto Meyer, Murilo Mendes etc.-, mestres da segunda geração modernista. As viagens de Mário e Bandeira às cidades históricas de Minas Gerais e ao Norte-Nordeste (1924, 1927, 1928) fecharam o ciclo de suas intervenções, abrindo novas frentes de pesquisa e alargando a rede de amigos e discípulos.

Poéticas do amor solteiro
As trocas incandescentes dessa amizade, entre 1926 e 1930, com efeitos palpáveis na substância intelectual de sua produção, coincidem com o período de feitura dos estopins modernistas "Macunaíma" (1928) e "Libertinagem" (1930). Reagindo de pronto à dosagem de invenção que enxergou na rapsódia, Bandeira resistiu aos exageros de erudição e cobrou mais sacanagem, ou então, diante dos falatórios poéticos do "afetado" colega, revirou de ponta-cabeça o fundo universalista do tesão e exigiu economia no tratamento imagético das pulsões do baixo ventre. Mário contra-atacou defendendo sua ousadia na reciclagem das lendas indígenas e dilatou as buscas no tesouro particular de erudição "brasiliana". Uma das coisas mais gostosas para o leitor é a batida de intercalar os desmanches com a consulta à versão final dos poemas "carteados", isto é, analisados, criticados e ao cabo reformulados.
Os versos pareciam ocorrer a Bandeira num repente, de modo um tanto intricado, como que programados por dispositivo autoral não consciente, desprendendo-se dos sonhos e fulgurações derivados do aluvião afetivo -quadrinhas e dísticos reciclados pelo pai, melodias e adágios da infância, transes da tuberculose, tiradas e plágios de autores reverenciados- e tomando feição no lusco-fusco dessas vivências, impregnadas por intensa descarga erótica. Os versos se assemelham a sedimentos de emoção, decantados, processo ao fim do qual a emoção ressurge ainda mais cortante por conta da economia expressiva, sem rebarbas, de mistério desvendável, deliciosos de reler. O lance carnal ubíquo aflora refratado por imagens de teor siléptico. O "ambiente estarrecente" do "Noturno da Rua da Lapa", poema desencadeado pelo medo de Ovalle diante de um besouro, mobilizou sentimentos turbulentos num cenário sugerido pela localização do quarto do amigo, mesclando cotidiano citadino, bordel e paisagem carioca.
Mário parecia enfrentar obstáculos de outro tipo ao recuperar a experiência amorosa, como se ela tivesse de ser brecada, não podendo vir à tona sem a mediação de circunlóquios, canga alheia ao estrondo pessoal, interpondo "cacos" na composição, ou melhor, comprometendo o impacto da fala poética por meio de interpelações condoreiras, enumerações descritivas, rompantes discursivos, expedientes que desvigoram o ordenamento lírico. A sugestão de títulos para o que viria a ser "Libertinagem" dá uma idéia de seu estilo de confecção literária. Apesar de haver captado o veio sensual dos poemas no título "Verso Libertino" que ele mesmo rechaça, temendo ser visto como chamariz comercial, preferiu colher expressões cujas alusões de potência lhe soaram provocativas: "Redondo, Sinhá", frase-refrão de vários cocos, "nome delicioso (...) tem indireta sensual", "Mineiro Pau" ou "Maneiro Pau", dos cantadores populares. Bandeira retrucou contrapondo o sentido do refrão como sendo o "olho-do-cu", e declinou das demais ofertas em favor do título soprado por Prudente de Moraes Neto.
Após relatar ao amigo uma paixão recente, logo transfigurada num "dos poemas mais sublimes que senti", "Girassol da Madrugada", Mário identificou-a como mulher de carne "assustadoramente branca" e portadora de lesão no coração, tendo-lhe dedicado a composição com nome elíptico, o quarto dos "amores eternos" da quinta estrofe. Adiante, trocou essa dedicatória pelas iniciais, temendo que se pudesse decifrá-la pela consulta às cartas. Pela versão final do poema não se consegue deslindar o gênero da parceria amorosa de Mário, mas quem sabe o verdadeiro motivo de sua preocupação fosse resguardar a identidade do segundo dos "amores eternos", de início designado como "o louro espanhol".
Entre sua carta de 28/03/1931, quando Bandeira toma ciência do poema, a de 31/01/1933, onde Bandeira sugere a reforma do verso original -"Suprima o louro espanhol e ponha alguma equivalência, por exemplo: "Do terceiro nem é bom falar" ou coisa assim", e a de 14/06/1933, na qual Bandeira propõe o verso um bocado enigmático afinal adotado por Mário -"O segundo, eclipse, boi que fala, catacumba" (na versão publicada, "O segundo... eclipse, boi que fala, cataclisma")-, explicitam-se as soluções recusadas por Bandeira, as quais, de lambujem, lançam pistas dos dilemas com que Mário devia estar se debatendo. O verso opcional "O segundo, as prisões não condenarão nada, as ciências não corrigirão nada", desaconselhado por Bandeira por considerá-lo uma explicação "pouco poética" a despeito do seu teor de "verdade", insinua talvez menção ao processo judicial movido contra Oscar Wilde e aos estudos de sexologia em voga. As cartas não contêm referências explícitas às práticas sexuais de Mário de Andrade, a não ser dois relatos de conotação erótica, o primeiro deles a lembrança de sua rotina como recruta num quartel carioca em 1916 (03/ 01/1925), o segundo um exaltado passeio em noite de sábado paulistano, de volta do cinema, com "neblina formidável" pelos "caminhos mais misteriosos" beirando a estrada-de-ferro (13/07/ 1929).
A correspondência oferece exemplário copioso a respeito das representações desses líderes modernistas sobre os traços peculiares do caráter nacional, materiais que servem tanto à inteligibilidade das lentes com que enxergavam os feitos nativos em sua estonteante variedade, como à compreensão dessa experiência civilizatória como algo inerte. Enquanto o ineditismo da reconquista se traduziu numa postura ativa de investigação e rastreamento de personagens, manifestações e linguagens, abrangendo religiões, artes e formas literárias populares, como bem o demonstram os empenhos de Mário, mas também de Bandeira na pesquisa de um vocabulário e uma sintaxe brasileiros, buscando integrar etimologias indígenas e africanas, o desafio modernista contribuiu para uma tomada de consciência das entranhas do país.
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"Nó suíno" de brasilidade
Todavia, essa revigorante mexida de mentalidade foi perdendo tônus e se enrijecendo em mania de brasilidade, se convertendo numa camisa de força doutrinária, sistema pré-fabricado de marcas de legitimidade, fonte ornamental de cacoetes, pernóstico senso comum sobre o "povo brasileiro", como se fosse possível aprisionar estouros pulsantes de contradições numa representação atemporal e comemorativa de uma cultura desprovida de seiva, rompendo-se assim os ligamentos entre os tesouros redescobertos e as lutas sociais em que se enovelavam. E um bom exemplo da latência desse "nó suíno" de brasilidade modernista são os comentários feitos por Mário e Bandeira acerca dos versos de "Raça", podendo-se reconhecer em suas obras o quanto são vítimas de armadilhas idênticas àquelas apontadas no livro de Guilherme de Almeida: a crença num substrato ou categoria brasileira; a evocação convencional e passadista; o apelo do exotismo.
O período 1925-1931 constitui o momento-chave da correspondência, quando se explicita com maior agudeza a crítica recíproca, registrando-se repentino retraimento em 1932, decerto motivado pela atuação de Mário na Revolução Paulista, a que se seguem uma retomada morna entre 1932-1934, a gestão dele à frente do Departamento de Cultura paulistano (1935-1938), o tempo de seu exílio-residência no Rio de Janeiro (1938-1941), daí por diante jamais se recuperando o envolvimento no mesmo pique de entusiasmo. Os anos 30 correspondem aos sucessivos experimentos dos modernistas no poder nos planos estadual e federal: as iniciativas de Mário no campo da política cultural e as encomendas feitas a Bandeira pela gestão Capanema (as antologias da poesia brasileira, o "Guia de Ouro Preto" etc.). A relação entre ambos vai subsistindo em meio a tais mudanças, embora cada vez mais relegada a um plano secundário de suas vidas por força de encargos profissionais absorventes e outros centros de interesse.
O fato de haver armado a resenha em torno de cotejos, buscando enquadrar os parceiros em chave interativa, acabou esmaecendo o brilho da personalidade e do estilo de conduta de Bandeira, justo a voz alerta e desabusada, que ainda não se conhecia tão bem como a de seu companheiro nesse registro expressivo. A esplêndida iniciativa da coleção, a edição caprichada do livro e a primorosa fixação do texto, merecem rasgados elogios. Ao contrário das curiosas e, no limite, dispensáveis informações sobre os aspectos materiais das cartas, simulando um tratamento paleográfico algo inusitado, o índice onomástico do volume-charada é recurso imprescindível no gênero, capaz de indicar ao leitor o valor dos personagens nos domínios de experiência relevantes para os protagonistas. Tomara se possa aperfeiçoá-lo numa próxima edição, incluindo jornais e revistas, instituições, obras, cidades, para que ninguém diga, à maneira de Mário de Andrade, "domagem" que essas "cartas pensamenteadas" fiquem "ratadas" por esse perrengue.



Mário de Andrade & Manuel Bandeira
Organização, introdução e notas: Marcos Antonio de Moraes Edusp/Instituto de Estudos Brasileiros (Tel. 0/xx/11/818-4149)
736 págs., preço a definir Lançamento previsto para março



Sergio Miceli é professor de sociologia na USP, autor, entre outros livros, de "Imagens Negociadas (Retratos da Elite Brasileira, 1920-1945)" (Companhia das Letras) e organizador dos três volumes de "O Que Ler na Ciência Social Brasileira (1970-1995)" (Editora Sumaré/Anpocs/Capes).

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