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A correspondência entre Mário de Andrade e Manuel Bandeira
Nosso hino de brasilidade
SERGIO MICELI
para Davi
Eis um extraordinário documento a
respeito da vida intelectual brasileira. Em
1922, quando se inicia a correspondência,
o autodidata Mário de Andrade (1893-1945), único escritor da primeira geração
modernista sem o título de bacharel em
direito, ensinava no Conservatório Musical de São Paulo, enquanto o também autodidata Manuel Bandeira (1886-1968),
forçado a interromper o curso de arquitetura pela tuberculose que lhe consumiria
muitos anos de tratamento, vivia do
montepio público que lhe deixara o pai
engenheiro, cada qual com dois livros de
versos. Afora essas fortuitas coincidências, que os situavam à margem dos prumos de carreira dos companheiros de
idade e posição social, várias afinidades
soldavam a empolgante amizade que
souberam cultivar a despeito de eventuais desacertos.
Sintonias de largo espectro
Ambos se conservaram solteiros por
toda a vida adulta, embora tivessem enfrentado tal condição em meio a circunstâncias radicalmente distintas. Mário, ex-aluno dos Maristas, outrora congregado
mariano, seguidor de procissão e carola
convicto, fora se deixando arrastar pelo
"partido" das mulheres da família com as
quais residia -a mãe, a tia-madrinha, a
preta Sebastiana, a irmã mais nova-,
afastando-se do pai, do avô provedor, e
diferenciando-se do irmão mais velho
que se dedicou à política e à gestão do patrimônio familiar.
Após dez anos de cuidados com a saúde, ao longo dos quais foi adquirindo um
cabedal literário invejável, Bandeira perdera a irmã, a mãe, o pai, o irmão, se bem
que nunca se apartasse da adorada figura
paterna, que reponta a cada instante, modelo de profissional e homem culto, alegre e brincalhão, mediador mágico de tesouros prosaicos.
A solteirice lhes infundiu ainda certa
atitude espaçosa diante dos outros, como que buscando sorver tudo de bom
que se lhes apresentava, espicaçando em
Mário voracidade aquisitiva e premência de grana para fazer frente a despesas
com viagens, livros, roupas e obras de
arte, enquanto estimulava em Bandeira
uma ascese sofisticada, cujo requinte
consistia em obter o máximo de deleite
com parco desembolso.
Mário pianista e Bandeira tocador de
violão eram melômanos assumidos, trocavam dicas sobre discos e partituras, frequentavam concertos e temporadas líricas, curtiam compositores populares e
eruditos (Villa-Lobos é um dos astros do
panteão) e ficavam excitados quando
seus versos eram musicados. Outro engate nesse fascínio residia na relação tumultuada, cada qual de um jeito, com o corpo
e a doença, com a memória afetiva dos
mortos -Mário perdera o irmão mais
moço em 1913, o filho paparicado e cheio
de atrativos, bonito, claro, quase o oposto
dele, "feio como o diabo" e mulato de feições carregadas, tendo desde então reforçado o quanto se sentia responsável com
o travo de haver sido culpabilizado.
Enquanto Mário, fumante inveterado,
se queixava de incômodos psicossomáticos, acidentando-se amiúde, prostrado
por gripes e ressacas, Bandeira viveu
muito tempo acossado pelo fantasma de
recaídas no pulmão. Mário parecia estar
sempre correndo atrás do prejuízo, com
frequência auto-infligido, e Bandeira ia
aos poucos assumindo atitude de contenção, abstendo-se de excessos no trabalho,
à mesa ou na farra.
A admiração recíproca desaguava com
ímpeto no terreno da criação intelectual.
Mário era siderado pelos dons do amigo
experiente: traquejo lírico, técnica apurada de garimpo vocabular, manejo do ofício poético, domínio da história literária,
ouvido certeiro para a musicalidade do
verso, "naturalidade" ao burilar materiais pedestres. Bandeira, por sua vez, logo se deu conta dos trunfos de Mário como intelectual renovador -poderio
criativo, capacidade de iniciativa e sobretudo os "trezentos e cinquenta" nichos de
seus afazeres. Era o talento anunciador de
coordenadas emergentes no interior de
um campo intelectual em condições efervescentes de transformação.
A despeito da consciência de seus dotes
excepcionais e da presença avassaladora,
Mário buscou direcionar o diálogo epistolar com Bandeira para a troca de juízos
sobre a produção literária deles, como se
quisesse equilibrar forças e adestrar suas
manhas nesse riscado. Bandeira entrava
no jogo, mas procurava tirar daí, com elegância, muita franqueza e, sem forçar a
mão, o máximo de proveito dos saberes
polivalentes do parceiro. A simetria dessas percepções se complementava pela
progressiva afirmação de ambos, quer
como escritores, quer como lideranças
culturais. Para além dos chamegos e das
peculiaridades de percurso, Mário e Bandeira conquistaram posições homólogas
de destaque naquela conjuntura por conta de se movimentarem a cavaleiro das
panelas literárias atuantes no eixo Rio-São Paulo. Aliás, eram os primeiros a admiti-lo, a interação fluía bem melhor pelo
correio do que nos encontros ao vivo, aos
quais se seguiam por vezes cruas observações de parte a parte, sendo o período
vivido por Mário no Rio de Janeiro um
dos mais ardidos do relacionamento.
Ricaços e letrados
As cartas oferecem um ponto de vista
privilegiado ao contraste de experiências
singulares de sociabilidade, cujos efeitos
repercutiram tanto nos espaços de liberdade abertos aos riscos da experiência
amorosa como na subsequente reconversão em trabalho literário. Ao longo da década de 20, Mário participou com entusiasmo do trem de vida dos amigos "ricaços", podendo-se sequenciar altos e baixos de seu metabolismo emocional e
criativo em função do calendário de compromissos mundanos.
A intimidade com figuras de proa da
elite paulista foi engendrando tensões em
cujo urdimento se misturavam desassossego existencial, ressentimento social e
amargura afetiva. Apesar de frequentemente convidado para jantares, chás e recepções em casa de Paulo Prado, Olívia
Guedes Penteado, Tarsila do Amaral,
sentia-se desconfortável diante das diferenças materiais, deprimido pela ritmação do ócio e pelo uso do tempo característicos de rentistas despreocupados, a
maioria dos quais não exercia um trabalho regular. Acrescente-se nesse jorro de
emoções descompassadas a percepção
doída de que jamais poderia vir a ser um
parceiro erótico disputado pelos grã-finos. Inclusive as dificuldades que foram
entravando o relacionamento com Oswald, acirrando-se após o noivado comTarsila em 25, provinham dessa disparidade de cacifes.
A situação de Mário era tanto mais acabrunhante por não se tratar de um destituído. Tendo adquirido sua formação
cultural sob a chancela do imaginário curioso e pouco convencional de uma família de classe média instruída, algo excêntrica, bem posta e ciosa de seus encantos,
o Mário conviva podia avaliar o descarte
que o atingia. Revidando as lamúrias desse embaço, Bandeira aconselhou-o a preservar certa autonomia, depreciou os figurões em relação aos quais Mário recalcava sua hostilidade, em especial o "falso
mecenas" Paulo Prado, cuja "prosa prefacial" ao "Bois du Brésil" de Oswald é tachada de "cafesista" e, por fim, incensou
o nativismo "Ibirapitanga" do amigo em
detrimento da importação poética praticada por Oswald e Sergio Milliet, afiançados pela matriz técnica de Cendrars. Não
obstante, o acesso aos "ricaços" paulistas
garantiu a Mário trunfos indispensáveis
ao desempenho futuro de funções políticas de relevo em âmbito estadual.
Já a sociabilidade de Bandeira se nutria
do convívio com os companheiros de vida intelectual e jornalística, aos quais se
juntavam figuras boêmias de suas noitadas, personagens do bairro, amizades remanescentes do círculo familiar e a lista
mozartiana de namoradas. E quando alguns dos amigos do peito se casavam,
Bandeira passava a frequentar suas residências: estadias com Ribeiro Couto e
Menina em Pouso Alto; visitas a Prudente de Morais Neto e Iná; jantares das
quintas em casa de Eugênia e Alvaro Moreyra. Enquanto Mário fazia prolongados
retiros na fazenda do tio em Araraquara,
Bandeira passava férias de verão em algum hotel mediano de Petrópolis, onde
recuperava energias enfurnado numa rotina de leituras que não conseguia manter
com idêntico rigor no Rio. Mário circulava como "avis rara" num mundo de elite
acima de suas posses, e Bandeira mais exposto ao cotidiano dos vizinhos humildes. Mário aprendia por conta das trombadas, e Bandeira pelo treino diuturno
segundo os mandamentos do "último
poema" -vida prosaica, emoção embargada e alumbramento.
No tocante à sociabilidade literária,
Mário e Bandeira foram articulando seus
respectivos círculos de influência -o
primeiro manobrando Alcântara Machado e Couto de Barros (seus correligionários no Partido Democrático), tocando a
"Revista Nova", o segundo dando alento
à parceria de Prudente de Moraes Neto e
Sergio Buarque de Holanda na revista
"Estética", ambos guardando distância
das militantes facções conservadoras já
constituídas, a "frente unida" de Ronald
de Carvalho, Renato Almeida e Graça
Aranha no Rio, ou o grupo dos irmãos-poetas Guilherme e Tácito de Almeida e
Rubens Borba de Moraes em São Paulo.
Mário e Bandeira conseguiram driblar
as intrigas plantadas pelo bairrismo paulista e carioca e minorar os efeitos nefastos do grupismo pelo diálogo com estreantes de outros estados -Carlos
Drummond de Andrade, Augusto Meyer, Murilo Mendes etc.-, mestres da segunda geração modernista. As viagens de
Mário e Bandeira às cidades históricas de
Minas Gerais e ao Norte-Nordeste (1924,
1927, 1928) fecharam o ciclo de suas intervenções, abrindo novas frentes de pesquisa e alargando a rede de amigos e discípulos.
Poéticas do amor solteiro
As trocas incandescentes dessa amizade, entre 1926 e 1930, com efeitos palpáveis na substância intelectual de sua produção, coincidem com o período de feitura dos estopins modernistas "Macunaíma" (1928) e "Libertinagem" (1930). Reagindo de pronto à dosagem de invenção
que enxergou na rapsódia, Bandeira resistiu aos exageros de erudição e cobrou
mais sacanagem, ou então, diante dos falatórios poéticos do "afetado" colega, revirou de ponta-cabeça o fundo universalista do tesão e exigiu economia no tratamento imagético das pulsões do baixo
ventre. Mário contra-atacou defendendo
sua ousadia na reciclagem das lendas indígenas e dilatou as buscas no tesouro
particular de erudição "brasiliana". Uma
das coisas mais gostosas para o leitor é a
batida de intercalar os desmanches com a
consulta à versão final dos poemas "carteados", isto é, analisados, criticados e ao
cabo reformulados.
Os versos pareciam ocorrer a Bandeira
num repente, de modo um tanto intricado, como que programados por dispositivo autoral não consciente, desprendendo-se dos sonhos e fulgurações derivados
do aluvião afetivo -quadrinhas e dísticos reciclados pelo pai, melodias e adágios da infância, transes da tuberculose,
tiradas e plágios de autores reverenciados- e tomando feição no lusco-fusco
dessas vivências, impregnadas por intensa descarga erótica. Os versos se assemelham a sedimentos de emoção, decantados, processo ao fim do qual a emoção
ressurge ainda mais cortante por conta
da economia expressiva, sem rebarbas,
de mistério desvendável, deliciosos de reler. O lance carnal ubíquo aflora refratado por imagens de teor siléptico. O "ambiente estarrecente" do "Noturno da Rua
da Lapa", poema desencadeado pelo medo de Ovalle diante de um besouro, mobilizou sentimentos turbulentos num cenário sugerido pela localização do quarto
do amigo, mesclando cotidiano citadino,
bordel e paisagem carioca.
Mário parecia enfrentar obstáculos de
outro tipo ao recuperar a experiência
amorosa, como se ela tivesse de ser brecada, não podendo vir à tona sem a mediação de circunlóquios, canga alheia ao estrondo pessoal, interpondo "cacos" na
composição, ou melhor, comprometendo o impacto da fala poética por meio de
interpelações condoreiras, enumerações
descritivas, rompantes discursivos, expedientes que desvigoram o ordenamento
lírico. A sugestão de títulos para o que viria a ser "Libertinagem" dá uma idéia de
seu estilo de confecção literária. Apesar
de haver captado o veio sensual dos poemas no título "Verso Libertino" que ele
mesmo rechaça, temendo ser visto como
chamariz comercial, preferiu colher expressões cujas alusões de potência lhe
soaram provocativas: "Redondo, Sinhá",
frase-refrão de vários cocos, "nome delicioso (...) tem indireta sensual", "Mineiro
Pau" ou "Maneiro Pau", dos cantadores
populares. Bandeira retrucou contrapondo o sentido do refrão como sendo o
"olho-do-cu", e declinou das demais
ofertas em favor do título soprado por
Prudente de Moraes Neto.
Após relatar ao amigo uma paixão recente, logo transfigurada num "dos poemas mais sublimes que senti", "Girassol
da Madrugada", Mário identificou-a como mulher de carne "assustadoramente
branca" e portadora de lesão no coração,
tendo-lhe dedicado a composição com
nome elíptico, o quarto dos "amores eternos" da quinta estrofe. Adiante, trocou
essa dedicatória pelas iniciais, temendo
que se pudesse decifrá-la pela consulta às
cartas. Pela versão final do poema não se
consegue deslindar o gênero da parceria
amorosa de Mário, mas quem sabe o verdadeiro motivo de sua preocupação fosse
resguardar a identidade do segundo dos
"amores eternos", de início designado
como "o louro espanhol".
Entre sua carta de 28/03/1931, quando
Bandeira toma ciência do poema, a de
31/01/1933, onde Bandeira sugere a reforma do verso original -"Suprima o louro
espanhol e ponha alguma equivalência,
por exemplo: "Do terceiro nem é bom falar" ou coisa assim", e a de 14/06/1933, na
qual Bandeira propõe o verso um bocado
enigmático afinal adotado por Mário
-"O segundo, eclipse, boi que fala, catacumba" (na versão publicada, "O segundo... eclipse, boi que fala, cataclisma")-,
explicitam-se as soluções recusadas por
Bandeira, as quais, de lambujem, lançam
pistas dos dilemas com que Mário devia
estar se debatendo. O verso opcional "O
segundo, as prisões não condenarão nada, as ciências não corrigirão nada", desaconselhado por Bandeira por considerá-lo uma explicação "pouco poética" a
despeito do seu teor de "verdade", insinua talvez menção ao processo judicial
movido contra Oscar Wilde e aos estudos
de sexologia em voga. As cartas não contêm referências explícitas às práticas sexuais de Mário de Andrade, a não ser dois
relatos de conotação erótica, o primeiro
deles a lembrança de sua rotina como recruta num quartel carioca em 1916 (03/
01/1925), o segundo um exaltado passeio
em noite de sábado paulistano, de volta
do cinema, com "neblina formidável" pelos "caminhos mais misteriosos" beirando a estrada-de-ferro (13/07/ 1929).
A correspondência oferece exemplário
copioso a respeito das representações
desses líderes modernistas sobre os traços peculiares do caráter nacional, materiais que servem tanto à inteligibilidade
das lentes com que enxergavam os feitos
nativos em sua estonteante variedade, como à compreensão dessa experiência civilizatória como algo inerte. Enquanto o
ineditismo da reconquista se traduziu
numa postura ativa de investigação e rastreamento de personagens, manifestações e linguagens, abrangendo religiões,
artes e formas literárias populares, como
bem o demonstram os empenhos de Mário, mas também de Bandeira na pesquisa de um vocabulário e uma sintaxe brasileiros, buscando integrar etimologias
indígenas e africanas, o desafio modernista contribuiu para uma tomada de
consciência das entranhas do país.
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"Nó suíno" de brasilidade
Todavia, essa revigorante mexida de
mentalidade foi perdendo tônus e se enrijecendo em mania de brasilidade, se convertendo numa camisa de força doutrinária, sistema pré-fabricado de marcas
de legitimidade, fonte ornamental de cacoetes, pernóstico senso comum sobre o
"povo brasileiro", como se fosse possível
aprisionar estouros pulsantes de contradições numa representação atemporal e
comemorativa de uma cultura desprovida de seiva, rompendo-se assim os ligamentos entre os tesouros redescobertos e
as lutas sociais em que se enovelavam. E
um bom exemplo da latência desse "nó
suíno" de brasilidade modernista são os
comentários feitos por Mário e Bandeira
acerca dos versos de "Raça", podendo-se
reconhecer em suas obras o quanto são
vítimas de armadilhas idênticas àquelas
apontadas no livro de Guilherme de Almeida: a crença num substrato ou categoria brasileira; a evocação convencional
e passadista; o apelo do exotismo.
O período 1925-1931 constitui o momento-chave da correspondência, quando se explicita com maior agudeza a crítica recíproca, registrando-se repentino retraimento em 1932, decerto motivado pela atuação de Mário na Revolução Paulista, a que se seguem uma retomada morna
entre 1932-1934, a gestão dele à frente do
Departamento de Cultura paulistano
(1935-1938), o tempo de seu exílio-residência no Rio de Janeiro (1938-1941), daí
por diante jamais se recuperando o envolvimento no mesmo pique de entusiasmo. Os anos 30 correspondem aos sucessivos experimentos dos modernistas no
poder nos planos estadual e federal: as
iniciativas de Mário no campo da política
cultural e as encomendas feitas a Bandeira pela gestão Capanema (as antologias
da poesia brasileira, o "Guia de Ouro Preto" etc.). A relação entre ambos vai subsistindo em meio a tais mudanças, embora cada vez mais relegada a um plano secundário de suas vidas por força de encargos profissionais absorventes e outros
centros de interesse.
O fato de haver armado a resenha em
torno de cotejos, buscando enquadrar os
parceiros em chave interativa, acabou esmaecendo o brilho da personalidade e do
estilo de conduta de Bandeira, justo a voz
alerta e desabusada, que ainda não se conhecia tão bem como a de seu companheiro nesse registro expressivo. A esplêndida iniciativa da coleção, a edição
caprichada do livro e a primorosa fixação
do texto, merecem rasgados elogios. Ao
contrário das curiosas e, no limite, dispensáveis informações sobre os aspectos
materiais das cartas, simulando um tratamento paleográfico algo inusitado, o índice onomástico do volume-charada é recurso imprescindível no gênero, capaz de
indicar ao leitor o valor dos personagens
nos domínios de experiência relevantes
para os protagonistas. Tomara se possa
aperfeiçoá-lo numa próxima edição, incluindo jornais e revistas, instituições,
obras, cidades, para que ninguém diga, à
maneira de Mário de Andrade, "domagem" que essas "cartas pensamenteadas"
fiquem "ratadas" por esse perrengue.
Mário de Andrade & Manuel Bandeira
Organização, introdução e notas:
Marcos Antonio de Moraes
Edusp/Instituto de Estudos Brasileiros
(Tel. 0/xx/11/818-4149)
736 págs., preço a definir
Lançamento previsto para março
Sergio Miceli é professor de sociologia na USP, autor,
entre outros livros, de "Imagens Negociadas (Retratos
da Elite Brasileira, 1920-1945)" (Companhia das Letras)
e organizador dos três volumes de "O Que Ler na Ciência Social Brasileira (1970-1995)" (Editora Sumaré/Anpocs/Capes).
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