CPI quebra sigilos, mas recebe dados incompletos

Os dados solicitados aos bancos pela CPI do Cachoeira, por meio da quebra de sigilo, t�m chegado incompletos, o que dificulta a an�lise do caminho do dinheiro.

A comiss�o j� enviou dois of�cios ao Banco Central se queixando de oito institui��es. Os relat�rios recebidos at� agora indicam apenas o movimento de dinheiro nas contas de empresas e pessoas investigadas, mas n�o informam quem o depositou nem quem o recebeu.

A quebra do sigilo das contas da empreiteira Delta at� agora n�o permitiu avaliar para quem a empresa repassou dinheiro. Relat�rio do BMG mostrou que a Delta transferiu R$ 900 mil em 5 de janeiro de 2010, mas n�o informa o destinat�rio. No dia 11 do mesmo m�s, a empresa recebe R$ 1,45 milh�o, mas o banco n�o informou de quem.

H� casos como o do Banco de Bras�lia, que pediu tr�s meses para enviar os dados alegando falta de servidores.

O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), vai procurar o Banco Central hoje para reclamar. "Quero crer que n�o h� m�-f�, mas o fato � que o trabalho � prejudicado", afirmou Cunha.

As quebras de sigilo telef�nico tamb�m foram in�cuas. A Nextel s� enviou os n�meros dos aparelhos do grupo de Cachoeira, sem identificar liga��es recebidas ou feitas.