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Cachoeiragate

Juiz diz que sofreu amea�as e se afasta do caso Cachoeira

Pol�ticos e meio jur�dico cobram prote��o a magistrado, cuja fam�lia teria recebido visita suspeita de policiais

Paulo Augusto Moreira Lima afirma que r�us da Opera��o Monte Carlo provavelmente ordenaram homic�dios

DE BRAS�LIA

Respons�vel pelas decis�es judiciais da Opera��o Monte Carlo, que investigou o empres�rio Carlinhos Cachoeira, o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima pediu afastamento do caso ap�s relatar ser alvo de amea�as.

Em of�cio encaminhado � Corregedoria-Geral do Tribunal Regional Federal da 1� Regi�o, Moreira Lima disse estar em "situa��o de extrema exposi��o junto � criminalidade do Estado de Goi�s".

Al�m da Monte Carlo, ele listou outras decis�es que teriam desagradado criminosos, mas d� a entender que a Monte Carlo foi decisiva para pedir o afastamento.

Segundo ele, sua fam�lia foi procurada por policiais para "conversar" sobre a opera��o, "em n�tida amea�a velada, visto que mostraram que sabem quem s�o meus familiares e onde moram".

De acordo com Moreira Lima, que usar� licen�as profissionais para passar um per�odo fora do pa�s, pessoas denunciadas na opera��o contra Cachoeira podem ter rela��es com assassinatos.

"H� crimes de homic�dio provavelmente praticados a mando por r�us do processo pertinente � Opera��o Monte Carlo, o que refor�a a periculosidade da quadrilha."

O pedido de Lima foi revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

O juiz que assumiria o caso, Le�o Aparecido Alves, se declarou impedido por motivos de "foro �ntimo". Ele � amigo de um dos r�us da a��o. O TRF anunciou que o juiz Alderico Rocha Santos, da 5� Vara, assumir� o caso.

PROTE��O

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, e a corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justi�a), Eliana Calmon, repudiaram as amea�as.

Britto classificou o caso como de "gravidade incomum". Calmon, que deve apurar o caso, receber� hoje Moreira Lima e Le�o Aparecido para conversar sobre as amea�as sofridas pelo primeiro e a rela��o do segundo com membro do grupo de Cachoeira.

A associa��o dos ju�zes federais disse que tratou do assunto com a Pol�cia Federal e o CNJ.

A associa��o dos procuradores da Rep�blica pediu "provid�ncias imediatas".

Senadores tamb�m cobraram medidas. Pedro Taques (PDT-MT) comparou a hist�ria com a da ju�za Patr�cia Acioli, assassinada no Rio.

O presidente da CPI do Cachoeira, Vital do R�go (PMDB-PB), afirmou que o pa�s precisa identificar quais foram as press�es" exercidas sobre o magistrado.

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