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Poder

A Copa como ela �

Petista reuniu-se com 13 do PCC, diz pol�cia

Segundo investiga��o, encontro com suspeitos ocorreu em sede de cooperativa da qual o deputado faz parte

Parlamentar disse, por meio de assessoria, que estava no local para tratar de assuntos de interesse da categoria

ROG�RIO PAGNAN GUSTAVO URIBE DE S�O PAULO

O deputado estadual Luiz Moura (PT) participou de uma reuni�o, em mar�o deste ano, em que estavam presentes ao menos 13 integrantes da fac��o criminosa PCC, de acordo com informa��es obtidas pela Folha com a c�pula da pol�cia.

Entre eles estava um dos criminosos acusados de participar do furto do Banco Central, no Cear�, em 2005, quando foram levados R$ 164,8 milh�es, al�m de um procurado da Justi�a por roubos a bancos.

A reuni�o ocorreu na sede da Transcooper, zona leste da capital, cooperativa da qual o deputado faz parte, segundo documentos da Junta Comercial de S�o Paulo.

Moura � aliado do secret�rio municipal de Transportes, Jilmar Tatto (PT).

A Transcooper tem permiss�o da prefeitura para explorar linhas de �nibus em tr�s �reas da cidade.

No encontro, monitorado pela Pol�cia Civil, estariam em tese sendo discutidos temas de interesse dos cooperados. Por�m, segundo a investiga��o, 11 desses suspeitos de liga��o com PCC n�o participam formalmente de atividades do setor.

BATE-BOCA

Na quarta-feira, o subsecret�rio de Comunica��o do governo Alckmin, M�rcio Aith, revelou que o encontro foi alvo de uma opera��o policial.

O subsecret�rio rebatia cr�ticas feitas por Tatto ao trabalho da pol�cia durante a greve dos motorista de �nibus que terminou na quinta-feira (21).Tatto disse haver "passividade" da PM ao lidar com a obstru��o de vias por grevistas.

Aith, sem citar nomes, mencionou a opera��o policial e cobrou do secret�rio de Transportes explica��es sobre a participa��o de um aliado dele nesse reuni�o --o deputado Luiz Moura.

Moura ajudou a organizar o servi�o de perueiros na capital ainda na gest�o Marta Suplicy (2001-2004). � irm�o do vereador Senival Moura, fundador de um sindicato ligado a lota��es.

A Pol�cia Civil foi at� a sede porque investigava ataques a �nibus. No in�cio do ano, mais de 70 ve�culos foram incendiados durante protestos em v�rias partes da capital. Participavam do encontro no momento 45 pessoas.

Os policiais acreditam que a fac��o criminosa esteja por tr�s de parte dos ataques.

A pol�cia tamb�m investiga se o dinheiro do PCC foi usado na aquisi��o de ve�culos de cooperativas da capital.

Moura foi procurado ontem, mas n�o quis dar entrevista sobre o encontro. Por meio de sua assessoria, disse que esteve na sede da cooperativa para tratar de assuntos de interesses da categoria e que o assunto est� encerrado.

A secretaria de Transportes afirmou que a rela��o entre Tatto e Moura "ocorre no �mbito institucional e democr�tico, da mesma forma que com os demais parlamentares do PT e de outras legendas".

ASSALTO

O deputado foi eleito pelo PT em 2010 com mais de 100 mil votos. No in�cio da d�cada de 1990, ele foi preso e condenado por assalto a m�o armada. Chegou a ficar preso por um ano e meio, mas conseguiu fugir. Ele ficou foragido por cerca de dez anos.

Da condi��o de foragido por assalto, em cerca de quatro anos Moura conseguiu construir um patrim�nio de cerca de R$ 5 milh�es, segundo ele pr�prio declarou � Justi�a Eleitoral em 2010.

Entre os bens mais valiosos listados por ele estavam uma empresa de �nibus, a Happy Play Tour --com cotas declaradas no valor de R$ 4 milh�es--, e postos de gasolina.

Dois anos depois, ao disputar a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, Moura declarou bens de R$ 1 milh�o. A empresa n�o constava.


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