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Lupi deixa o Trabalho, e governo perde 7� ministro

Ap�s aviso de que sua posi��o era insustent�vel, pedetista pediu para sair

Na nota em que anunciou sua demiss�o, Carlos Lupi afirmou ter sido 'v�tima de persegui��o pol�tica e pessoal da m�dia'

S�rgio Lima- 17.nov.2011/Folhapress

natuza nery
CATIA SEABRA
DE BRAS�LIA

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, 54, pediu ontem demiss�o do cargo ap�s suspeitas de irregularidades tornarem insustent�vel sua perman�ncia na pasta.

Ele deixou o governo dizendo-se "v�tima" de uma persegui��o da m�dia.

Presidente licenciado do PDT, Lupi � o s�timo ministro de Dilma Rousseff a deixar o governo, o sexto por suspeita de irregularidades.

A queda ocorreu tr�s dias depois de reportagem da Folha mostrar que antes de assumir o minist�rio ele acumulou dois empregos p�blicos por quase cinco anos, um no Rio e outro em Bras�lia, o que � vedado pela Constitui��o.

A revela��o foi vista pelo n�cleo do governo como o "tiro" que faltava para encerrar a era Lupi na Esplanada. Ele ocupava a vaga desde 2007.

O pedetista encontrou-se ontem com Dilma no Pal�cio da Alvorada para formalizar seu desembarque. Completamente abandonado pelo PDT, n�o lhe restou outra op��o. Seu pr�prio partido j� o havia informado que, se n�o entregasse o cargo, a sigla o faria � sua revelia.

Em curta nota, a Secretaria de Imprensa da Presid�ncia disse que Dilma agradecia a colabora��o e manifestava a certeza de que Lupi continuaria "dando sua contribui��o ao pa�s".

Antes da reportagem da Folha, a presidente esperava exoner�-lo do cargo apenas na reforma ministerial prevista para janeiro. Era uma forma de n�o perder mais um auxiliar por suspeitas de irregularidade, e sim na tradicional mudan�a na equipe.

Na semana passada, o Comiss�o de �tica da Presid�ncia recomendou sua demiss�o, aumentando a press�o para que ele deixasse o primeiro escal�o.

Na ocasi�o, o Pal�cio julgou que o �rg�o estava se sobrepondo � presidente, gerando constrangimento.

A manifesta��o da comiss�o tamb�m foi citada por Lupi entre as raz�es da sa�da.

A demiss�o n�o deve precipitar a reforma ministerial. Para n�o antecip�-la, o Pal�cio anunciou que manter� interinamente no cargo Paulo Roberto dos Santos Pinto, secret�rio-executivo da pasta.

N�o se descarta a possibilidade de o PDT perder o minist�rio no in�cio do ano que vem. Setores da sigla at� admitem essa possibilidade desde que o minist�rio n�o v� parar nas m�os do PT. Por tr�s h� uma antiga briga entre as centrais sindicais CUT, ligada aos petistas, e For�a, reduto trabalhista.

Dilma ainda n�o definiu a abrang�ncia da reforma e n�o tem falado nela nos bastidores. Com sete demiss�es, assessores calculam que resta muito pouco o que mexer.

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