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Poder

Aliados de Marina veem barreira para disputar 2014

Lei que esvazia novas siglas dificulta projeto presidencial de ex-senadora

Pol�ticos que ajudam a organizar novo partido agora falam da Rede Sustentabilidade como aposta de longo prazo

PAULO GAMA (DI�GENES CAMPANHA) DE S�O PAULO

Abatidos depois da aprova��o na C�mara dos Deputados do projeto de lei que esvazia novos partidos pol�ticos, organizadores da sigla lan�ada pela ex-senadora Marina Silva neste ano j� reconhecem que ser� dif�cil tir�-la do papel a tempo de participar das elei��es de 2014 em condi��es competitivas.

Desde o in�cio do ano, Marina, que deixou o PV em 2011, trabalha para criar um novo partido, a Rede Sustentabilidade, pelo qual disputaria novamente a Presid�ncia nas pr�ximas elei��es.

Se confirmado no Senado, o projeto aprovado quarta-feira diminui o potencial imediato da sigla ao reduzir seu tempo de propaganda eleitoral e o acesso ao dinheiro do Fundo Partid�rio, essenciais para qualquer candidato.

Durante a semana, ganhou for�a o discurso de que a cria��o do partido n�o tem compromisso com as elei��es.

"H� de se fazer uma avalia��o se conv�m organizar o partido nas condi��es prec�rias em que concorrer�", afirma o deputado Domingos Dutra (PT-MA), membro da executiva provis�ria da sigla.

Para Walter Feldman (PSDB-SP), colega de Dutra na C�mara e na dire��o da nova legenda, "s� d� para acreditar na proposta de cria��o a m�dio e longo prazos". "Se fosse s� para a Marina concorrer em 2014, seria um esfor�o gigantesco, mas ela nem quer pensar em 2014."

Com as regras atuais, deputados federais que migrassem para a Rede aumentariam a participa��o da sigla na distribui��o do tempo de propaganda eleitoral e do Fundo Partid�rio, que s�o divididos com base no tamanho das bancadas na C�mara.

A nova regra determina que a divis�o da maior parte dos recursos se dar� conforme o resultado das elei��es de 2010, o que exclui a Rede, que n�o existia. A restri��o poder� tamb�m inibir a ades�o de parlamentares, receosos de n�o ter a estrutura necess�ria para se reeleger.

Durante a semana, outros partidos fizeram coro �s reclama��es de Marina de que o projeto � casu�stico e tem motiva��o pol�tica para prejudicar eventuais opositores de Dilma Rousseff em 2014.

A ex-verde conseguiu unir em torno de si A�cio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), outros dois potenciais advers�rios da petista.

Ganhou tamb�m apoio do deputado Roberto Freire (SP), presidente da rec�m-criada Mobiliza��o Democr�tica, que ofereceu guarida � ex-senadora caso a Rede n�o se viabilize. "Se ela desejar vir, vai ser bem atendida."

Apesar de aliados concordarem que essa pode ser uma sa�da, Marina tem dito que sua prioridade por enquanto � a constru��o do partido. "Quem tem plano B n�o tem plano A", costuma repetir.

O grupo ainda aposta que a nova norma possa ser derrubada no Senado ou considerada irregular pelo Supremo Tribunal Federal.

"Sen�o, vamos ter que ver qual o caminho para 2014. Mas a constru��o da Rede continua", diz Feldman. Os envolvidos se dizem otimistas com a coleta de assinaturas para viabilizar o partido --s�o necess�rias 500 mil ades�es para o registro.

Segundo balan�o preliminar da Rede, 130 mil assinaturas j� foram recolhidas e a meta regional foi atingida em dez Estados. O partido, no entanto, reconhece que nem todas as assinaturas ser�o validadas pelos cart�rios eleitorais --no PSD criado por Gilberto Kassab, por exemplo, apenas 30% das fichas foram homologadas.

Os marineiros temem ainda percal�os nessa etapa. "Se s�o capazes de cassar nosso tempo de TV, podem tamb�m criar dificuldades na Justi�a Eleitoral", diz o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ).


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