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Lobista envolve l�der do governo em esquema de desvio de verba
Escutas sugerem que emendas eram direcionadas para empresas que financiam candidatos do PT
Men��es ao deputado surgiram na Opera��o Fratelli, que apurou fraudes em licita��es que somam R$ 1 bilh�o
O l�der do governo DIlma Rousseff na C�mara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), � apontado por um lobista apanhado em opera��o da Pol�cia Federal como respons�vel por direcionar verbas para empresas que financiavam candidatos do PT.
Al�m disso, um ex-chefe de gabinete de Chinaglia, identificado como Eli, � citado como intermedi�rio de uma reuni�o na qual a empreiteira Le�o Le�o buscaria recursos do BNDES. Em troca da verba, a empreiteira apoiaria a campanha de um assessor de Chinaglia, o Toninho do PT, em Ilha Solteira (SP).
Chinaglia aparece em escutas da Opera��o Fratelli, do Minist�rio P�blico Federal e do Estadual. Os alvos da opera��o s�o fraudes em licita��es que somam R$ 1 bilh�o em dinheiro federal.
As verbas, oriundas de emendas parlamentares, eram dos minist�rios das Cidades e do Turismo.
Nas escutas telef�nicas h� men��es a tr�s deputados do PT na opera��o: al�m de Chinaglia, C�ndido Vacarezza e Jos� Mentor.
Os petistas s�o autores das emendas sob suspeita. Todos dizem que n�o t�m liga��o com as supostas fraudes.
O procurador Thiago Lacerda Nobre vai encaminhar os trechos da investiga��o sobre Chinaglia ao procurador-geral da Rep�blica, Roberto Gurgel. Tamb�m ser�o enviadas as men��es a Vacarezza e Mentor.
CAMPANHA
O suspeito que cita Chinaglia � Gilberto Silva, tamb�m conhecido como Z� Formiga, acusado pela pol�cia de ser "lobista do PT", segundo os documentos obtida pela Folha.
Silva, que ficou uma semana preso, foi monitorado pela pol�cia e, de acordo com o relat�rio das investiga��es, acompanhou Chinaglia em "campanhas eleitorais, principalmente na capta��o de dinheiro junto a empres�rios que pudessem se beneficiar de seus candidatos apadrinhados".
O lobista afirma numa conversa telef�nica de outubro de 2012, sem se referir a nomes, que o autor da emenda indicar� � prefeitura a empresa que far� a obra contemplada pela verba que liberou. "Tem de aceitar quem vai executar a obra por indica��o de quem arrumou a emenda".
Noutra conversa, ele relata que Chinaglia "vai ter R$ 50 milh�es de emendas extraparlamentares prometidos pela presidente Dilma porque ele � l�der dela na C�mara".
Na sequ�ncia, ele conta, segundo a PF, "que o deputado [Chinaglia] lhe falou que em cidade pequena podem ser colocadas emendas de R$ 130 mil ou at� R$ 140 mil, e da� foge da licita��o".
O pr�prio Silva diz ser petista. Em setembro do ano passado, contou: "Eu estou aguardando um assessor do Arlindo Chinaglia, porque eu trabalho com eles, eu fa�o parte do PT".
Noutro telefonema, ele cita que esteve em S�o Jos� do Rio Preto com Chinaglia e o assessor Toninho, hoje vereador em Ilha Solteira.
As obras eram sobretudo de recapeamento asf�ltico, chamadas pelos investigados de "ch�o preto".
Os promotores reproduziram a fala de Silva ao usar a met�fora para asfalto.
"O Toninho e o Arlindo teve comigo s�bado � tarde. Rapaiz do c�u, se oc� v� o que ele tem de ch�o preto, j� t� tudo na m�o".