![]() São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 2002 |
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TENDÊNCIAS/DEBATES Cada telhado, uma pequena usina
RONALDO ROGÉRIO DE FREITAS MOURÃO
É essa renda extra que vem convencendo cada vez mais pessoas a transformarem seus telhados numa usina solar. Isso é possível porque o governo alemão acaba de obrigar as companhias de energia a comprarem, por lei, durante os próximos 20 anos, toda a energia solar produzida, pagando um preço três vezes maior do que aquele que cobra dos seus clientes. Há alguns anos já existe o "Programa dos 100 mil telhados", que dá crédito barato a todos que querem investir em energia solar. Se deu certo em Friburgo, na Alemanha, por que não dará no Brasil, país do sol? A Universidade de Stuttgart desenvolveu um novo tipo de célula solar, 50 vezes mais fina que um fio de cabelo. Os estudantes usam as células flexíveis em chapéus e paletós, empregando-os para recarregar seus celulares. Já estamos, portanto, perto de uma revolução da energia. Há um prédio que gira de acordo com a posição do sol. No verão, quando o sol é muito intenso, ele vira para o lado oposto. É uma verdadeira arquitetura solar. No bairro onde as casas têm painéis solares, as cores são muito vivas. É uma beleza. Já existem 130 casas assim. Há um estádio de futebol cuja cobertura é toda feita com painéis solares. Eles captam a energia e a conservam, a fim de usá-la à noite. Há, também na Alemanha, um barco solar. A própria igreja já tem seu telhado com energia fotovoltaica. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, 67, astrofísico, doutor pela Universidade de Paris, é pesquisador titular do Museu de Astronomia e Ciências Afins (RJ). É autor, entre outros livros, de "Sol e a Energia do Terceiro Milênio". www.ronaldomourao.com Texto Anterior: TENDÊNCIAS/DEBATES José Aristodemo Pinotti: Senhores senadores Próximo Texto: Painel do leitor Índice |
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