São Paulo, sábado, 10 de junho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Verticalizações
"Uma pena que o TSE tenha voltado atrás após ensaiar uma tomada de posição a favor da moralidade institucional no país ("TSE recua e restaura regras de alianças válidas em 2002", Brasil, 9/6). Essa era uma das poucas medidas decentes dos últimos tempos no âmbito eleitoral. Minha pergunta, caso o TSE venha a mudar de opinião, é: em quem acreditar daqui para a frente? Ou melhor: no que acreditar?"
JOSÉ CARLOS DOS SANTOS (São Paulo, SP)

 

"A decisão do TSE vem reafirmar a nossa sensação angustiante e desalentadora de que não há mais determinação, coragem e espinha dorsal nos governantes de hoje, sejam eles do Poder Executivo, do Legislativo ou do Judiciário. Quando podíamos pensar que alguém finalmente tinha resolvido pôr um pouco de ordem na bagunça que caracteriza a ordem política desta pobre nação, recebemos uma ducha fria dessas. Que tempos cruéis são estes?"
ORESTES NIGRO (São Paulo, SP)

 

"A frase do senador Pedro Simon de que a política econômica do PT e do PSDB são iguais e que o PMDB não pode abrir mão de ter um projeto para o país e suas declarações de 29/5 (pág. A12), somadas à decisão definitiva do TSE, sugerem uma profunda reflexão. Quem sabe não está aí o ponto de partida para o consenso, aglutinando outros partidos que estejam realmente comprometidos com mudanças para formar a terceira via? É chegada a hora de o PMDB sair de cima do muro, deixar de ser coadjuvante e assumir a responsabilidade de governar e implantar profundas mudanças."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

Ataque à Câmara
"Ando muito indignada. Estamos voltando à Idade Média. Somos obrigados a nos proteger em condomínios, a ter seguro para carro e para casa, seguranças particulares, seguranças em prédios residenciais, públicos, industriais, comerciais. E agora, certamente, precisaremos de seguranças e de equipamentos nos ônibus que saem dos aeroportos. Os valores estão se invertendo: bandidos são defendidos pelos movimentos de direitos humanos, por jornalistas e por pessoas que a gente imaginava que tinham algum discernimento entre o que é certo e o que é errado. Percebo isso quando leio uma carta em jornal de leitor defendendo os baderneiros que invadiram o Congresso, que é o único lugar que nos resta para defender a democracia -pois dos poderes Executivo e Judiciário nacionais nada mais podemos esperar, já que fazem tudo para que uma ditadura seja instaurada. Tanto esforço feito ao longo de três décadas para restaurar a democracia e surgem pessoas sem a noção de que seus atos e palavras podem transformar nosso país num caos."
ESTER GOMES DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

100% seleção
"Em geral, não gosto das colunas da jornalista Barbara Gancia, embora respeite a sua inteligência. Mas adorei a coluna de ontem ("100% seleção brasileira", Cotidiano, pág. C2). Acho uma tremenda cretinice dar mais importância àquele bando de endinheirados do que às questões sérias deste país. Com muita honra, faço minhas as palavras da jornalista."
KARINA MIRANDA RATTON (Curitiba, PR)

Assentamentos
"O número noticiado pela Folha na edição de 29/5, sobre a suposta quantidade de 1 milhão de pessoas acampadas, não tem amparo na realidade do país. Não existe um censo ou um número oficial sobre o assunto. A informação é precária, pois toma como base um dado não utilizado como cadastro para a reforma agrária. Esse dado é originado de consultas informais a movimentos sociais sobre o número potencial de famílias acampadas. Mas o número de acampados é flutuante. Varia, por exemplo, conforme o período de safra/entressafra nas diferentes regiões do país. Cabe frisar que esse dado é apenas um subsídio, uma referência para o atendimento com cestas básicas. A reforma agrária sempre foi um assunto prioritário neste governo. Prova disso é o crescimento do número de assentados nos últimos anos. Em 2003, ano de início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, foram assentadas 36.301 famílias. Em 2004, houve 81.254 famílias assentadas -mais que o dobro. E, em 2005, chegamos a 127.506 famílias assentadas -mais que o triplo do primeiro ano de governo. Com esses fatos, temos a convicção de que o número de famílias acampadas tem diminuído nestes últimos três anos. Com as 245.061 famílias já assentadas até dezembro neste governo, o Ministério do Desenvolvimento Agrário reafirma o seu compromisso com as metas da reforma agrária e trabalha intensamente para cumpri-las."
ANA LÚCIA RIBEIRO DA SILVA , assessoria de comunicação social do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Eduardo Scolese - A informação "precária" e sem "amparo na realidade" é da Ouvidoria Agrária Nacional, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em 2005, o governo federal distribuiu 1,3 milhão de cestas a 226,2 mil famílias acampadas.

Teatro
"Em resposta à carta de Rose Marie Muraro, ontem nesta seção, só posso lamentar que ela tenha lido apenas o índice onomástico do "Dicionário do Teatro Brasileiro", do qual sou um dos organizadores. Se tivesse prestado atenção ao subtítulo ou lido a introdução, saberia que o livro não é um "quem é quem" do teatro brasileiro e que seu objetivo é tratar dos principais "temas, formas e conceitos" forjados ao longo da nossa história dramatúrgica e cênica. E, se tivesse lido os verbetes "Adaptação", "Censura", "Companhia Teatral", "Dança-Teatro", "Distanciamento", "Teatro Moderno", "Teatro Negro", "Teatro Popular" e "Radioteatro", veria que o trabalho importante das companhias teatrais de Maria Della Costa e de Ruth Escobar está, sim, contemplado no "Dicionário", ao contrário do que afirma. A ausência involuntária de alguns nomes só pode ser motivo de "pasmo" para quem folheia o livro com má vontade, à procura de seus defeitos, e não de suas qualidades."
JOÃO ROBERTO FARIA (São Paulo, SP)

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