São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2001

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PAINEL DO LEITOR

Contrastes
"Achei lindo o sorriso da jovem Débora Pinheiro, 12, da sua mãe e até do cachorrinho na Primeira Página da edição de ontem. Expressam a beleza da alma do povo brasileiro, traço divino. Triste é o lar em que vivem, estampado ao fundo. Quem e o que estão provocando tamanho contraste?"
Luiz Paes de Camargo (Sorocaba, SP)

Silêncio desmoralizador
"A medida provisória (mais uma) do governo que ameaça com multa de até R$ 151 mil em virtude de ações ou inquéritos policiais ou administrativos ditos "improcedentes contra autoridades públicas" é de arrepiar a população honesta e terrorismo explícito para inibir a ação dos promotores de Justiça. O governo -parece- não admite concorrentes. Aqui no Paraná, o ano de 2000 foi o da promotoria, e não de relevantes realizações do governo nos campos social e moralizador. Além do mais, promotor não julga: quem decide é a Justiça. Agora que o povo começa a ter a coragem de denunciar, ainda que timidamente, começa a confiar no Ministério Público, vê a atuação coerente dos promotores a favor da sociedade e acossa dinastias políticas e os bacanas de sempre, o governo impõe grilhões e tenta algemar essa gente que se arrisca a tentar fazer Justiça onde quase se desconhece o sentido dessa palavra. Ora, senhores do Planalto, revoguem já essa tal medida, arquivem, engavetem, enterrem, incinerem e deixem nossos promotores trabalharem em paz."
Maurício Paredes Saraiva (Curitiba, PR)

Jogo ou tapetão
"Ler o artigo escrito por Eurico Miranda ("Tendências/Debates", 6/1) em defesa de uma terceira partida para decisão da "copa vexame 2000" não causa surpresa, visto o cinismo ser uma característica de tal pessoa. Só agora defende essa saída, porque ele (e o Brasil todo) sabe muito bem que, se o STJD seguir o código de justiça desportiva e não der uma "cariocada", dará ganho de causa ao Sanca. Aliás, se o imbróglio houvesse acontecido em São Caetano, o Vasco já teria sido declarado campeão no dia seguinte tanto pelo Clube dos 13 como pelo STJD."
Laércio Zanini (Garça, SP)

"O melhor direito extraído nos artigos dos convidados da Folha ("Tendências/ Debates", 6/1) desnuda mais uma vez a pobreza de caráter em que se situa o profissionalismo no nosso futebol, já digno de CPI. De um lado, o representante do sujeito passivo é um primata, pois só aprendeu pronome na primeira pessoa do singular. Com essa qualificação, é um incapaz pleno num sistema de relações. No lado do sujeito ativo, o representante foi mais técnico, mais racional e demonstrou conhecimento do que é interesse positivo, contudo não consegue ver o destinatário da ação social no desporto: o público e o espetáculo. Cada coisa no seu devido lugar. Portanto, se a responsabilidade objetiva é do Vasco, pela qual perde os pontos e o título com o deslize na organização do jogo, os 22 jogadores devem se apresentar ao público como satisfação do espetáculo já pago, mas com apresentação incompleta. O direito defendido pelo São Caetano o iguala em caráter à pretensão do Vasco."
José Roberto Fernandes (Presidente Prudente, SP)

PT
"A reportagem "Ala quer indicar secretário-geral" (Brasil, 7/1) reproduz apenas parte das declarações que dei à Folha. O PT terá que dar conta, em 2001, de um conjunto de tarefas: a oposição ao governo FHC e a seus aliados, a mobilização social, o governo de 187 cidades e três Estados, a atuação de nossas bancadas parlamentares, o debate programático tendo em vista as eleições de 2002, a renovação das direções partidárias em todos os níveis, a preparação das prévias que escolherão o candidato do PT à Presidência da República, a solidariedade internacional. São essas tarefas -e não a substituição de dois cargos na executiva nacional- que constituem o centro de nossas preocupações. O ideal é que as vagas abertas na executiva nacional do PT sejam substituídas atendendo, preferencialmente, a três critérios: o consenso na direção partidária, a competência dos quadros escolhidos na execução das tarefas e a democracia e pluralidade na indicação dos nomes."
Valter Pomar, 3� vice-presidente nacional do PT (Campinas, SP)

Dataprev
"Em relação à reportagem publicada pela Folha em 2/1, a direção da Dataprev gostaria de ver esclarecido os pontos que seguem. Os jornalistas incorreram em erro, a partir de uma informação incorreta. A Dataprev paga hoje, mensalmente, por gigabyte, o valor de R$ 58,74, incluindo nesse preço as controladoras e os canais necessários à sua ligação aos mainframes, e não os R$ 211,82 a que a reportagem se referia. Nossos contratos com a Unisys totalizam o valor de R$ 182 milhões, mas referem-se a 48 meses de cobertura (quatro anos), englobando: locação de hardware, contemplando quatro equipamentos de grande porte, com capacidade de armazenamento de 5.000 gigabytes, as unidades de robótica, mais de 50 servidores de aplicação/banco de dados e aproximadamente 1.200 estações de trabalho; locação de software, contemplando sistemas operacionais, compiladores, sistema gerenciador de banco de dados, software para gerência de rede, utilitários, entre outros, utilizados para viabilizar o funcionamento de nosso complexo computacional; serviços de manutenção do software e hardware locados. Ao longo dos 25 anos de existência da Dataprev, os nossos sistemas, com aproximadamente 16 milhões de linhas de código-fonte, foram desenvolvidos no ambiente Unisys, não sendo possível a execução em equipamentos de outros fornecedores sem o devido planejamento de migração da plataforma computacional. Essa é a razão de não podermos contratar outros modelos de equipamentos para o mesmo fim. A utilização média do nosso equipamento de grande porte, instalado no Centro de Tratamento de Informações de São Paulo, foi de 63,45%, ao longo do ano de 2000, atingindo picos de processamento da ordem de 90%. O dimensionamento do equipamento deve se dar pelo pico, e não pela média, como trata a reportagem. Além disso, os jornalistas deixaram de citar informação que receberam da Dataprev de que, em junho de 1999, houve uma renegociação de contrato que representou redução de R$ 304.648,00 por mês, totalizando até o final do contrato uma economia de R$ 14,6 milhões."
Ramon Barreto, presidente da Dataprev (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta dos jornalistas Malu Gaspar e Wladimir Gramacho -
Os valores citados na reportagem foram extraídos do relatório do grupo de trabalho montado pela presidência da Dataprev para a reavaliação dos contratos. E até mesmo um dos diretores da empresa, Juvêncio Barbosa, afirmou à reportagem que o contrato "tem problemas" e está sendo revisto.

Boas-festas

A Folha agradece os votos de boas-festas recebidos de: Romeu Tuma, senador (Brasília, DF); Jamil Murad, deputado estadual pelo PC do B (São Paulo, SP); Sinaenco -Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (São Paulo, SP); Edemar Cid Ferreira, presidente da Associação Brasil+500 (São Paulo, SP); Sempre Propaganda (São Paulo, SP); SpB Comunicação; Gomes de Oliveira Advogados Associados; Tecnoformas Indústria Gráfica Ltda. (Barueri, SP); Orient-Express Hotels, Trains & Cruises; Casafesta (São Paulo, SP); Mistral Importadora Ltda. (São Paulo, SP); Jayro Sguassabia; Beatriz e Lúcio Alcântara (Brasília, DF).



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